Ter um dia ruim não é privilégio de poucos. Às vezes, você está acordado há poucos minutos e já sabe que algo está diferente: o café ficou fraco, a torrada caiu com o requeijão virado para baixo, você pisou com a meia quentinha da cama na água gelada que acabou de derramar no chão.
A vontade é dar um “stop, rewind and play”. Coisa que, hoje em dia, a tecnologia nem permite mais (o rewind – alguém lembra? -, era aquela tecla que a gente usava para voltar a fita). Mas tudo bem, isso é de um outro tempo. Hoje é ainda mais rápido, porque basta dar o “stop”, encostar o dedo numa tela, para tudo começar de novo, do ponto que queremos, na hora que desejamos. Mas não na vida.
Se pudéssemos apenas usar o “touch”, seria mais ou menos como costumo aconselhar meu filho quando ele acorda de mau humor: “Volta pra cama e acorda de novo!”. Imprevistos acontecem e, quando algo dá errado, a gente tem simplesmente que seguir em frente, contornando como pode, na tentativa de melhorar, ou, simplesmente, se livrar daquele dia em que não deveríamos ter levantado da cama.
Mas será que saberíamos aproveitar a oportunidade se simplesmente pudéssemos voltar no tempo e antever as coisas ruins, a fim de evitá-las? Se pudéssemos dar essa pausa no ponto em que notamos que tudo deu errado, saberíamos a hora certa de reiniciar? Essa pergunta me lembrou o filme ‘Feitiço do Tempo’ (‘Groundhog day’). Eu passei por umas seis tentativas até conseguir assisti-lo inteiro da primeira vez, para depois me apaixonar completamente. E assistir de novo inúmeras vezes.
A boa lição da Marmota
No longa, o homem do tempo Phil Connors (Bill Murray), um repórter estrela de televisão que faz previsões de meteorologia, vai a uma cidadezinha da Pensilvânia fazer uma matéria especial sobre o celebrado Dia da Marmota, festejado sempre em 2 de fevereiro, nos Estados Unidos. Decidido a ir embora o mais rápido possível daquele lugar, o personagem, inexplicavelmente, fica preso no tempo. Assim, é obrigado a vivenciar todos os acontecimentos daquele dia horrível novamente, passando pelas mesmas ciladas, enfiando o pé na poça semicongelada e cruzando com as mesmas pessoas invariavelmente. Elas não sabem que o dia está se repetindo, o que lhe dá a chance de melhorar, até perder a arrogância e acertar.
Desde o filme de 1993, já um clássico do cinema, o Dia da Marmota virou uma expressão que designa toda situação irritante que se repete e não podemos evitar. Com o slogan “a vida tem uma maneira gozada de se repetir”, ‘Feitiço do tempo’ deu a todos nós, reles mortais espectadores, a chance de nos imaginar vivenciando os imprevistos e nossos erros sem parar, descobrindo novas possibilidades.
A verdade já foi exibida e cantada: como no filme a certo momento, o bom é viver como se não houvesse amanhã, porque na verdade não há.
É… não dá para voltar no tempo e apagar da memória os dias ruins, mas dá para garantir mais tranquilidade para caso imprevistos aconteçam. E a melhor maneira de fazer isso é contratar um seguro de vida para você e sua família.