Renda fixa ou previdência privada? Escolha e fuja do INSS

Renda fixa ou previdência privada? Já se pegou pensando nesse dilema? Se a resposta é negativa, isso é preocupante. Especialmente considerando que, ainda em 2017, o rombo do sistema público previdenciário já registrava R$ 268,8 bilhões.

Com o aumento da longevidade e a queda acelerada da taxa de fecundidade, a expectativa é que a diminuição drástica da População Economicamente Ativa (PEA) aproxime ainda mais a previdência social do colapso. Passou da hora de pensar em você no futuro.

Em um período de pouco mais de 20 anos, a previdência pública está à beira de ser alterada pela 3ª vez. Em 1998, a PEC nº 20 trouxe a idade mínima e o fator previdenciário; em 2003, a PEC nº 40 derrubou os proventos integrais do funcionalismo público; em 2019 estão por vir mais aumento na idade mínima e a gestão por capitalização.

Diante de tudo isso, quem disse que ainda haverá INSS quando chegar sua vez? Hoje você vai descobrir qual é o caminho mais estratégico (renda fixa ou previdência privada) para chegar à melhor idade sem depender do INSS para manter seu padrão de vida. Confira!

A (perigosa) despreocupação do brasileiro com a velhice

renda fixa ou previdência privada

Seja pelo salário baixo, pelo desemprego rotineiro ou pela presença de outras prioridades, o fato é que o brasileiro não se preocupa com o futuro: 80% da população simplesmente não se prepara para a aposentadoria, mesmo em um sistema no qual 66% dos beneficiários não recebem mais do que 1 salário mínimo.

Mas a velhice provavelmente chegará. O que não é certeza é que haverá aposentadoria pública para custear todas as necessidades da população ativa atual, ante o cenário catastrófico do INSS.

Vale lembrar que, segundo levantamento da Confederação Brasileira de Aposentados (Cobap), a defasagem dos benefícios acima do salário mínimo (entre 1994 e 2019) chega a 87,28%. Já passou da hora de fugir do INSS!

Mas o que é melhor, renda fixa ou previdência privada?

O que é renda fixa?

Renda fixa é uma categoria de investimento em que as condições de remuneração são sabidas antecipadamente. Ou seja, não é a remuneração que é conhecida no ato da aplicação, mas sim os percentuais ou indicadores que norteiam esse pagamento futuro.

O investimento em renda fixa é como um empréstimo. Você “empresta” dinheiro a instituições privadas ou públicas (quando compra seus títulos), a fim de que elas possam se capitalizar e, posteriormente, remunerá-lo com a devolução do capital acrescido dos devidos juros.

Para ficar mais fácil, entenda renda fixa como todo investimento que paga juros. Pagou juros, é renda fixa. Nessa categoria estão:

• caderneta de poupança;

• CDB (Certificado de Depósito Bancário);

• LCI/LCA (Letras de Crédito Imobiliário/do Agronegócio);

• CRI/CRA (Certificados de Recebíveis Imobiliários/do Agronegócio);

• Tesouro Direto;

• Letras de Câmbio.

Em sua análise de investimento em renda fixa ou previdência privada, vale a pena ter ciência das 3 formas de rentabilidade da renda fixa:

Títulos prefixados

São títulos cujo percentual de retorno você já sabe no momento da aplicação (por exemplo, 8% a.a.), independentemente do que aconteça no mercado. Trata-se de um investimento mais cauteloso, ideal para momentos em que se acredita em queda da inflação e da taxa de juros (Selic).

Exemplos: Tesouro prefixado (LTN), CDB prefixado, LCI/LCA prefixadas, caderneta de poupança.

Títulos pós-fixados

São títulos cuja rentabilidade é atrelada a algum referencial. Aqui você não sabe previamente o percentual de retorno, mas sim o indicador que vai nortear essa remuneração (os parâmetros mais comuns são Selic, CDI e inflação).

Exemplo: Tesouro Selic (LFT), CDB pós-fixado a 110% do CDI.

Títulos híbridos

Pagam parte prefixada e parte pós-fixada. Seria o caso do Tesouro IPCA + (NTN-B Principal).

Quais são as vantagens e desvantagens da renda fixa?

renda fixa ou previdência privada

Vantagens

• Segurança: proteção pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC), que ressarce o cliente em até R$ 250 mil por CPF e por instituição financeira em caso de falência da instituição. Alguns exemplos são poupança, CDB, LCI/LCA e Letras de Câmbio.

• Facilidade: o Tesouro Direto, por exemplo, permite aplicações a partir de R$ 30. As negociações são feitas online e basta aguardar o vencimento para obter a remuneração acordada.

• Liquidez: a liquidez da maioria dos investimentos em renda fixa é diária (exceção a algumas LCI/LCA e CRI/CRA). No Tesouro Direto, por exemplo, o próprio governo faz a recompra dos papéis.

• Isenção de tributos: poupança, LCI e LCA são isentos de IR.

Desvantagens

Gestão estática: diferentemente da previdência privada, em que os recursos são aplicados/monitorados por quem tem expertise no mundo dos investimentos, a aplicação em renda fixa é estática/solitária: você aplica e aguarda o vencimento do contrato.

Baixa rentabilidade em tempos de inflação e juros baixos: é o caso do momento que estamos vivendo. Com a Selic em queda, muitos investimentos em renda fixa perderam atratividade.

O que é previdência privada?

Renda fixa ou previdência privada? Depende dos objetivos. A previdência privada é uma aposentadoria sem conexão alguma com o INSS. Complementar à previdência social, esse investimento é regulado pela Superintendência dos Seguros Privados (SUSEP), criado e gerido por entidades especializadas.

A injetar dinheiro em um plano de previdência, seu capital será gerido por especialistas no mercado financeiro, que vão manejá-lo segundo as peculiaridades do fundo.

Na previdência privada, diferentemente do INSS, você contribui o quanto quiser, com a periodicidade e pelo tempo que desejar. Ao final do período contributivo, você pode optar por receber o valor de uma vez ou sob a forma de renda.

Existem dois tipos de previdência privada:

PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre)

Permite que os valores aplicados sejam deduzidos da Declaração Anual de Ajuste de IRPF, desde que esse montante não ultrapasse 12% da renda bruta anual tributável.

Mais indicado a quem faz declaração pelo modelo completo. Por outro lado, no momento do resgate, o Imposto de Renda será incidido sobre o total aplicado.

VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre)

Não apresenta essa vantagem dedutiva. Entretanto, no ato do resgate, o imposto incidirá apenas sobre os rendimentos, não sobre o total. Ideal para quem é isento de IR ou faz declaração segundo o modelo simplificado.

Quais são as vantagens e desvantagens da previdência privada?

Vantagens

• Diferentemente da renda fixa, é voltada exclusivamente para preencher as necessidades de uma futura aposentadoria.

• Liberdade total ao investidor: é possível aportar os valores que quiser, no prazo que quiser e pelo tempo que desejar.

• Rentabilidade superior a muitos dos investimentos em renda fixa (como caderneta de poupança e, atualmente, Tesouro Selic e CDB pós-fixado).

• Opções de tributação: conta com duas tabelas, a progressiva (mesmas alíquotas aplicadas ao salário, até 27,5%) e a regressiva (tabela especial à previdência, que prevê tributação de 10% para investimentos mantidos após 10 anos).

• Portabilidade: permite a migração dos recursos para qualquer outro plano de previdência, desde que seja de mesma modalidade.

• Não entra no inventário e não exige pagamento de ITCMD (os valores são liberados mais rapidamente aos herdeiros).

Desvantagens

• Pode ter taxas elevadas: na hora de decidir entre renda fixa ou previdência privada, é preciso pesquisar atentamente os diversos planos do mercado, dado que alguns cobram taxa de carregamento (de 0 a 2% a cada depósito) e taxa de administração (1,5% a 2,5% a.a.).

• Resgate antecipado na tabela regressiva é desvantajoso: investimentos de até 2 anos sofrem 35% de IR; após 10 anos, esse percentual cai para 10%.

Renda fixa ou previdência privada: para qual perfil/contexto cada modalidade é indicada?

Em momentos de inflação elevada ou Selic em alta, as aplicações em renda fixa podem ser interessantes para o curto/médio prazo.

Para o longo prazo, existem poucos títulos de renda fixa com vencimento acima de 10 anos (vide Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais 2035).

O problema é que, se em meados de 2015 a Selic alcançava 18% ao ano, hoje não passamos dos 6,5% a.a. — estima-se que essa taxa alcance 8% a.a. no final de 2020. Ou seja, atualmente, nem para o curto/médio prazo a renda fixa tem sido atrativa.

Já a previdência privada é voltada para investimentos de longo prazo (mais de 10/20/30 anos). Além disso, de forma geral, esses fundos remuneram melhor do que a maioria dos ativos de renda fixa.

Assim, se seu objetivo está voltado à aposentadoria, um fundo de previdência privada provavelmente vai contemplar melhor suas expectativas — desde que, é claro, seja escolhida uma instituição de tradição e credibilidade no mercado.

E então, qual atende seus objetivos, renda fixa ou previdência privada? Seja qual for sua opção, entre agora em contato conosco e conheça nossos produtos e estratégias para multiplicar seu patrimônio e garantir uma terceira idade verdadeiramente tranquila!

Por Mongeral Aegon

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