Conheça 7 erros imperdoáveis na hora de quitar dívidas

O país ainda se recupera dos efeitos devastadores de uma das piores crises de sua história, lutando para desenvolver sua economia enquanto muitos brasileiros lutam para quitar dívidas e tirar o nome dos cadastros de proteção ao crédito. Tanto é assim que o tema foi protagonista nos projetos de governo apresentados por candidatos à presidência em 2018, você reparou? Veremos ao longo deste post que quitar dívidas é sim possível, desde que se tenha um pouco de planejamento.

Mas atenção: também é preciso ficar de olhos bem abertos para as armadilhas que podem surgir ao longo do caminho, viu? Pensando nisso, preparamos uma listinha com os 7 principais erros na hora de negociar e pagar as dívidas. Confira!

Dicas para quitar dívidas

1. Não criar um planejamento financeiro

quitar dívidas

A palavra-chave para conseguir quitar todas as dívidas (ou, na verdade, alcançar qualquer outro tipo de meta financeira) é planejamento. O planejamento financeiro nada mais é que um mapa contendo o percurso entre o patamar financeiro em que você está agora e o lugar que quer estar daqui a 6, 12, 18 meses…

Para elaborar seu planejamento financeiro, você pode começar anotando todas as despesas e receitas da família, sem esquecer de incluir as movimentações eventuais ou sazonais, como o IPVA do carro e o décimo terceiro salário.

Com essas informações em mãos, já dá para pensar na readequação do padrão de vida da família para que todos os gastos se limitem à marca de 70%, 80% ou no máximo 90% das receitas. Essa é a margem que será usada para atacar as dívidas.

2. Não priorizar as dívidas

Um erro muito comum nesse momento de reconstrução das finanças é priorizar outras metas financeiras em detrimento do pagamento das dívidas. É o que acontece, por exemplo, com o devedor que decide poupar para investir ou para adquirir patrimônio sem antes saldar o que deve.

Essa estratégia não é financeiramente saudável porque a prioridade número 1 dentro de todo e qualquer planejamento financeiro deve ser o pagamento integral das dívidas, já que elas geram despesas com juros, multas por atraso e outros encargos financeiros que não proporcionam absolutamente nada em troca para o devedor.

3. Não ficar atento aos prazos

Outro erro frequentemente cometido por quem quer limpar o nome é não ficar atento aos prazos dos vencimentos das dívidas. Em um primeiro momento, isso significa se organizar para nunca pagar nada em atraso, já que sabemos que isso é sinônimo de juros mais altos.

Em um segundo momento, prestar atenção aos prazos significa se dar conta de que quanto maior for o prazo de vencimento maior será também o montante total da dívida no fim das contas. Em muitos casos, prazos longos (acima de 5 anos) acabam duplicando ou até mesmo triplicando o valor inicial da dívida!

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4. Não desconfiar de soluções mágicas

É preciso reconhecer que quitar todas as dívidas exige planejamento, força de vontade e, sobretudo, tempo. Se criarmos a expectativa de que o problema será resolvido rapidamente e sem esforço, vamos criar uma enorme frustração que eventualmente levará ao abandono do plano financeiro.

Você provavelmente já viu por aí que muitas financeiras oferecem dinheiro rapidamente até para negativados, certo? Mas muita calma nessa hora. É essencial ler as cláusulas com muito cuidado para não piorar a situação financeira em vez de diminuir o saldo devedor.

Também é sempre bom ficar de olhos abertos para supostas oportunidades imperdíveis de produtos que dizem fazer verdadeiros milagres, duplicando os investimentos feitos em pouquíssimo tempo. Atenção: na maioria dos casos, esse tipo de esquema só beneficia quem está no topo da pirâmide.

5. Não frear o tamanho da dívida

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Pode ser que simplesmente não seja possível reservar nenhuma fatia do orçamento para lidar com o pagamento do déficit no momento. Isso não quer dizer, no entanto, que você não deve se preocupar com as dívidas ativas ou que, pior ainda, pode aumentar a bola de neve.

Não é possível pagar a dívida? Então você tem ao menos que cuidar para que ela não cresça ou para que cresça o mínimo possível. Assim, se todo mês você precisava pegar R$ 100 emprestados com o banco, a ideia é pelo menos reduzir esse valor. Passe para 60, depois para 30 e por aí vai!

6. Não negociar

Muitas pessoas se sentem diminuídas ou mesmo na obrigação de aceitar qualquer tipo de condição imposta pelo banco só pelo fato de serem devedores. Se você quiser quitar suas dívidas, no entanto, tem que se livrar dessa mentalidade o quanto antes.

Lembre-se: você é o cliente e o banco tem o dever de prestar um bom atendimento. Nada de se submeter ao pagamento de valores abusivos ou a horas e horas de espera para ser atendido.

Nesses casos, procure imediatamente o gerente ou o superintendente do banco. Se ainda assim não conseguir ser bem atendido, entre em contato com o Banco Central ou com a corregedoria interna da instituição.

Assim como a antecipação de parcelas, a negociação do pagamento de dívidas é um direito do cliente. Muitas vezes, essa transação pode ser bastante útil.

Afinal, os bancos sabem que as taxas de juros são elevadas e que, em muitos casos, é melhor receber menos do que o que é devido do que não receber nada pela prescrição da obrigação.

7. Não considerar novas oportunidades

Quem tem interesse em quitar dívidas deve sempre ficar atento a novas possibilidades. Bons exemplos são as chamadas feiras limpa nome, em que as empresas credoras oferecem condições especiais para que os consumidores possam quitar suas dívidas.

Outra dica é sempre monitorar a cobrança das dívidas para ver se os juros, as multas e taxas administrativas estão sendo cobrados dentro dos limites previstos no contrato. Caso contrário, a recomendação é buscar a ajuda de um advogado.

Além disso, todo consumidor de serviços financeiros no Brasil tem o direito de levar sua dívida para outro banco que ofereça condições mais favoráveis. É a chamada portabilidade de dívida.

Por isso, é sempre bom ficar de olho nas taxas de juros oferecidas pelas demais instituições, aproveitando as melhores oportunidades do mercado.

Por fim, não poderíamos encerrar este post sem reforçar a importância de um bom planejamento financeiro para o sucesso da estratégia de quitar de uma vez por todas as dívidas com o banco.

Ele é importante para manter as despesas sob controle, fazendo com que o padrão de vida caiba no orçamento da família. Sem equilíbrio nas contas, é simplesmente impossível ter a regularidade necessária para quitar dívidas.

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Por Mongeral Aegon

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