O que a queda dos juros significa para os investimentos?

Você tem a sensação de que seu título do Tesouro vem despencando em queda livre? E seu CDB, que pagava tão acima da inflação, agora parece estar afundando em uma areia movediça digna dos piores anos da poupança? Esse fenômeno tem relação direta com a queda dos juros.

O que acontece é que a taxa básica da economia (Selic) acaba guiando os juros praticados no mercado, bem como a remuneração da maioria das aplicações financeiras de renda fixa. Só que esse parâmetro foi reduzido pelo Banco Central, em apenas 18 meses, de 14,25% para 6,5%! A intenção era estimular o aquecimento da economia e equilibrar a inflação.

O problema é que, com esse manejo, o rendimento dos investimentos mais conservadores (os preferidos dos brasileiros) encolheu na mesma proporção, já que muitos são lastreados diretamente na variação dessa taxa. Diante desse novo cenário, é preciso ampliar seu campo de visão para novas alternativas na formação de uma carteira diversificada.

Mas, afinal, qual a relação entre a queda dos juros e a rentabilidade de investimentos? Quais aplicações financeiras são mais interessantes nesse novo contexto? Vamos descobrir agora as respostas para essas e outras perguntas?

Veja como a queda de juros interfere nos seus investimentos

Queda dos juros: o que isso significa para os investimentos?

Brasil: ex-Disney dos investimentos vinculados à Selic

Durante muitos anos, o Brasil foi a Meca dos especuladores do mundo todo. Apesar das frequentes crises econômicas e políticas, o país se tornou atrativo em função da inusitada taxa de juros praticada, simplesmente a 6ª maior do planeta. E é claro que isso favorecia o investimento especulativo.

Como a maioria das aplicações financeiras de renda fixa é indexada à Selic (CDB, LCI, LCA, Tesouro e assim por diante), não era difícil encontrar alternativas para alcançar retornos exponencialmente maiores que os da caderneta de poupança, por exemplo. Qualquer Tesouro Selic ou CDB pós-fixado superava essa marca facilmente.

Em 2015, por exemplo, a meta da Selic chegou a ser fixada pelo Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) em 14,25%. Nessa época, uma pessoa que investisse 100 mil reais em um CDB pagando anualmente 120% do CDI (índice geralmente muito colado à Selic e que indexa o CDB pós-fixado), poderia acumular uma rentabilidade anual impressionante de 17,1%. Com a queda dos juros, porém, essa fonte parece ter secado.

Desde outubro de 2016, foram 11 reduções sucessivas na meta da Selic até chegarmos aos atuais 6,5%. Com esse novo cenário, CDBs, Letras de Crédito Imobiliário (LCI), Letras de Crédito do Agronegócio (LCA) e até os títulos do Tesouro Direto (LFT) passaram a render bem menos, alguns ficando atrás até da caderneta de poupança.

Títulos privados: efeitos da queda dos juros e da crise econômica

Embora não tenha relação direta com a taxa de juros, vale lembrar que os títulos privados têm ainda um agravante: quem compra um título de um banco está, na verdade, emprestando dinheiro a essa instituição, a fim de que ela “reempreste” esses recursos na concessão de crédito aos correntistas.

A questão é que, com a recessão, a demanda de crédito no varejo diminuiu, forçando os bancos a reduzirem os juros cobrados. Esse movimento tem uma consequência automática de redução da remuneração dos títulos emitidos aos investidores.

O que você tem que entender disso é que juros em queda e retração do consumo são os ingredientes perfeitos para derrubar vertiginosamente a rentabilidade da maioria dos investimentos. Mas há caminhos inteligentes para driblar esse momento, viu? Vamos falar sobre isso mais no fim deste post.

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Tesouro, LCI, LCA e CDB: investimentos que mais sofrem com queda dos juros

Tesouro Direto

Quem investe em Tesouro Selic certamente tem perdido o sono com as estimativas dos economistas, que preveem a manutenção desse cenário de juros baixos. Na medida em que essa aplicação é totalmente indexada à taxa de juros básica da economia, entrar nesses papéis por agora significa ampliar os riscos de baixa rentabilidade.

Sobram ainda ao investidor as opções pelo Tesouro IPCA+ ou Tesouro Prefixado, mas ambos também acabam sendo afetados indiretamente pela redução de juros.

LCI e LCA

Diferentemente dos títulos do Tesouro, esses investimentos têm a vantagem de serem isentos de IR. Entretanto, quem opta pelas Letras de Crédito Imobiliárias e do Agronegócio pós-fixadas vai encontrar, mais uma vez, lastro no CDI (geralmente idêntico ao patamar da Selic), o que significa rentabilidade mínima nos tempos atuais.

Nesse contexto, essas aplicações podem ficar menos vantajosas até que a poupança, já que, diferentemente da caderneta, muitos papéis dessa natureza têm pouca liquidez. E nem precisamos falar que resgate antecipado implica em perdas ainda mais relevantes, certo?

CDB

O mesmo descrito para as LCs vale para o Certificado de Depósito Bancário (CDB). Existem opções pré e pós-fixadas, sendo que as pós-fixadas são vinculadas ao CDI e bastante afetadas pela queda dos juros. Não têm a isenção de IR das Letras de Crédito e sua versão prefixada, em tempos de juros baixos, costuma também ser pouco atraente.

Queda dos juros: aplicações financeiras e proteções indicadas para esses momentos

Entenda como a queda dos juros pode afetar seus investimentos

Mercado de ações

De forma geral, quem investe em ações é indiretamente beneficiado com os juros em tendência de baixa. Primeiramente, porque juros baixos significam crédito mais barato no mercado, o que possibilita às empresas (inclusive as que têm ações na Bolsa) ampliarem seus investimentos.

A consequência do crescimento de uma corporação listada em Bolsa é o aumento do valor de suas ações. Lucra com isso quem estiver posicionado.

Outro ponto interessante é que a falta de atratividade da renda fixa joga muitos investidores para dentro do mercado acionário, gerando um volume de negociações mensais que torna o pregão mais volátil, proporcionando boas oportunidades a quem gosta de ganhar com a volatilidade diária (day trade).

Por fim, uma estratégia inteligente para quem quer fugir dos efeitos da queda dos juros e tem perfil de investidor mais conservador é aplicar em ações defensivas, olhando para o longo prazo. Ações de empresas com bons fundamentos e que pagam dividendos são provavelmente a maneira menos arriscada de movimentar seu capital em renda variável.

Seguro de vida

seguro de vida é um instrumento de proteção ideal para momentos de instabilidade política e econômica. Não exatamente um investimento, trata-se de um mecanismo de amparo social destinado a criar um fundo de proteção para garantir conforto financeiro a seus familiares (no caso do seu falecimento) ou a você mesmo (no caso de invalidez ou diagnóstico de doença grave, por exemplo). O seguro é uma parte importante do planejamento financeiro.

O surgimento do seguro de vida resgatável torna esse produto ainda mais atraente, já que não é preciso aguardar uma fatalidade para ter acesso aos recursos. Nesse caso, depois de determinado período de carência, é possível resgatar o valor aplicado, corrigido e com juros, independentemente de justificativa.

Essa característica faz do seguro de vida um dos recursos mais indicados para a proteção de capital em épocas turbulentas.

Previdência privada

Por fim, mas não menos importante, temos a previdência privada. Você já deve ter visto notícias sobre a iminente reforma da previdência, não é mesmo? Sabe também que o INSS enfrenta um rombo bilionário (quase 300 bilhões de reais em 2017) que torna sua manutenção difícil de acreditar para o longo prazo?

Diante desse cenário, fazer um plano de previdência privada é muito mais que uma opção. Na verdade, é uma obrigação. Até porque, quem começa a investir em torno dos 30 anos tem a chance de chegar à terceira idade com uma renda até mesmo superior ao que recebeu na ativa!

Ok, mas você deve estar se perguntando: o que isso tem a ver com queda dos juros? Tem tudo a ver! Se você já sabe que a previdência privada abre as portas para uma aposentadoria tranquila e independente, precisa saber também que a queda dos juros aumenta proporcionalmente a rentabilidade média dos fundos que aplicam em ativos diversificados quando em comparação com CDBs, Tesouro Direto, LCs e assim por diante.

Além disso, o fato de esses recursos serem reaplicados no mercado por especialistas com extenso know-how sobre o universo dos investimentos reduz os riscos que você correria ao investir seu dinheiro (por sua conta e risco) em ações na Bolsa ou em CDBs de bancos.

Quer conhecer mais a fundo alguns desses investimentos que são favorecidos pela queda dos juros? Entre em contato conosco agora mesmo e não deixe seu capital exposto às intempéries políticas e econômicas do cenário nacional!

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Por Mongeral Aegon

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