Pensando no futuro? Veja como se planejar!

educação financeira

Dias desses, conversando com um grupo de jovens, na faixa dos 17/18 anos (eles não querem mais ser chamados de adolescentes) sobre o que gostariam de fazer quando fossem mais velhos, um deles, rapidamente, saiu respondendo, praticamente atropelando os demais colegas: “Quero viajar, conhecer o mundo”, disse. Quando prontamente o interpelei: “Mas isso você deve fazer ao longo de sua vida, não precisa esperar tanto. Até porque você tem muito a aprender nessas intermináveis viagens que pretende fazer na velhice, quando já terá adquirido conhecimento da vida”. Eles se entreolharam e balançaram a cabeça afirmativamente. O que percebi, naquele momento, é que o jovem estava se referindo à idade adulta, quando alcançasse algum sucesso em sua carreira (carreira essa que estava por decidir no atual momento da vida). Outra colega, já mais pensativa, nos interrompe e manda essa: “João, ela tem razão, não deixe o tempo passar tanto assim para realizar os seus sonhos. Você não sabe se terá saúde e dinheiro para tantas viagens”. Razão tem a jovem, que por vários minutos deixou o grupo calado (coisa rara nessa idade). A conversa evoluiu com muitos outros comentários e manifestações de desejos do que fazer quando não fosse mais preciso trabalhar e criar os filhos (eles estão animados para construir famílias). Fato que o grupo não estava nem pensando como realizariam tantos sonhos e desejos. Nessa fase da vida isso ainda não é uma preocupação, ainda que alguns dos comentários sobre carreiras que estavam por escolher abordassem o quanto a mais seriam remunerados para desfrutar a vida que começavam a planejar.

Planejamento
E a palavra de ordem é essa: planejamento. E para alcançar algum êxito é necessário fazer um planejamento financeiro. Gustavo Cerbasi, consultor financeiro e autor dos livros “Casais Inteligentes Enriquecem Juntos”, “Investimentos Inteligentes e “Adeus, Aposentadoria” -, ensina: “O planejamento financeiro deixou de ser sinônimo de corte no orçamento e formação de poupança. Passou a significar construção do equilíbrio e sustentabilidade. Em vez de sacrifícios para alcançar amanhã aquilo de que abrimos mão agora, um bom planejamento se traduz por gastar com qualidade o dinheiro que temos, investindo com inteligência o mínimo de recursos de que precisamos para sustentar esse bom estilo de vida”. Quem dá as dicas é Rafael Seabra, educador financeiro, investidor e autor do eBook “Como investir dinheiro”. “Antes de começar a investir, é importante planejar suas finanças. Isso significa que se você possui dívidas ou tem gastado mais do que ganha, faça primeiro o dever de casa e organize seu orçamento, para então começar a investir o dinheiro poupado. Porém, antes mesmo de fazer um orçamento, você deve considerar seus objetivos financeiros”, orienta ele. “O primeiro passo deve ser a definição desses objetivos”, diz. Você provavelmente não será capaz de alcançar, num primeiro momento, todos os objetivos que você sempre sonhou. Sendo assim, identifique suas metas claramente e decida quais são as mais valiosas”. A seguir, seis dicas de como se planejar melhor, por Rafael Seabra:

1. Seja racional na escolha

Lembre-se também de que não necessariamente os objetivos que você mais deseja serão os escolhidos prioritariamente. Seja racional para escolher realmente os objetivos mais importantes para melhorar sua saúde financeira. Leve também em consideração os conflitos que suas escolhas causarão. Saiba que o maior aliado para alcançar seus objetivos será o tempo.Quanto mais tempo você tiver, maior sua chance de alcançar o sucesso.

2. Jovens podem assumir riscos maiores

Além disso, a idade é um fator determinante para os investimentos. Pessoas mais jovens podem correr mais riscos em seus investimentos, dado o tempo que terão para se recuperarem, caso alguma crise volte a ocorrer. No longo prazo, geralmente, o risco é proporcional ao retorno da sua aplicação.

3. Construa um fundo de emergência

Esteja ciente de que o propósito de definir metas financeiras é que você se sinta financeiramente seguro, feliz e realizado. Portanto, a construção de um fundo de emergência para imprevistos com casa ou carro, problemas de saúde ou até mesmo demissão do emprego, é de extrema importância. Recomenda-se que você tenha guardado um montante que permita sua sobrevivência por 3 a 6 meses. Envolva os membros da sua família na definição desses objetivos. É importante que todos estejam cientes, até para entender a importância de contribuir com eles.

4. Siga seu orçamento com disciplina

Após ter definido e priorizado seus objetivos financeiros, siga à risca seu orçamento. Sempre que pensar em fazer alguma grande aquisição, pergunte para si mesmo se você está, com essa compra, se aproximando ou se afastando dos seus objetivos. Caso a resposta seja negativa, pense duas vezes antes de efetuá-la ou descubra alguma maneira de reduzi-la.

5. Planeje o lado pessoal

Em contrapartida, não abra mão dos pequenos gastos com lazer e diversão. Crie no seu orçamento um espaço para esse tipo de despesa. Não adianta só pensar no futuro e esquecer o presente. O segredo do sucesso financeiro é se planejar, equilibrando o presente com o futuro, e ter disciplina para seguir aquilo que você mesmo planejou. Esteja também preparado para mudanças. Muito provavelmente seus desejos e necessidades mudarão ao longo do tempo. Reavalie suas prioridades a cada cinco anos, pelo menos.

6. Comece agora!

Para finalizar, a dica mais importante: comece agora. Quanto mais tempo você levar para identificar seus objetivos financeiros e começar a trabalhar neles, maior será a dificuldade para alcançá-los. Além disso, o tempo ficará contra você. Lembre-se de que ele deve estar ao seu lado. Sempre.

Por Mongeral Aegon

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