O que é o coronavírus e como ele impacta a economia mundial?

Você provavelmente já deve estar saturado de ver, ouvir e ler tantas notícias sobre o coronavírus. Mas isso não necessariamente significa que você esteja bem informado. Afinal, na era das redes sociais, notícias falsas ou sensacionalistas não são raras.

Reunimos neste artigo tudo o que você precisa saber sobre o assunto: o que é o coronavírus, quais os principais sintomas, formas de tratamento e os efeitos que o vírus pode trazer à economia global! Ficou curioso? Então, continue com a leitura!

O que é o coronavírus?

o que é o coronavírus

Coronavírus é o nome de uma família de vírus da qual fazem parte diversos agentes virais, entre eles o SARS-CoV-2, que foi descoberto na China em 31/12/2019. Essa mutação viral, por sua vez, provoca uma infecção respiratória aguda, cuja doença é chamada “COVID-19” (conhecida popularmente como “novo coronavírus”).

Além do SARS-CoV-2, outras espécies pertencentes ao gênero coronavírus são:

• Alpha coronavírus (229E e NL63);

• Beta coronavírus (OC43 e HKU1);

• SARS-CoV (responsável pela Síndrome Respiratória Aguda Grave ou SARS);

• MERS-CoV (responsável pela Síndrome Respiratória do Oriente Médio ou MERS).

Todos esses tipos virais acima têm em comum o perfil anatômico na microscopia (similar ao de uma coroa, daí o nome do grupo) e os mamíferos como hospedeiros exclusivos.

A maior parte desses agentes infecta apenas a mesma espécie ou um pequeno número de mamíferos relacionados. Em Hong Kong, por exemplo, já há caso de um cão (cuja dona tinha SARS-CoV-2) que testou positivo para o COVID-19.

Que sintomas são característicos do novo coronavírus?

O quadro clínico do paciente com esse coronavírus é similar ao de um paciente gripal. Contudo, é unânime entre infectologistas que a visita ao hospital não deve ser feita ao mínimo sintoma de gripe. Isso porque um paciente eventualmente negativo para COVID-19, que vá a uma unidade de saúde repleta de infectados, tem chance elevada de sair de lá contaminado.

Entretanto, febre persistente acima de 3 dias e/ou dificuldades respiratórias exigem (aí sim) exames mais apurados em unidades hospitalares. Essa determinação se fundamenta na recorrência dos sintomas constatados pelos pesquisadores de Wuhan (cidade chinesa gênese da doença), após avaliarem 99 pacientes tendo:

• febre persistente (considerada a partir de 37,8 °C): 83%;

• tosse: 82%;

• falta de ar: 31%;

• dor muscular: 11%;

• confusão mental: 9%;

• dor de cabeça: 8%;

• dor de garganta: 5%;

• rinorreia: 4%;

• dor no peito: 2%;

• diarreia: 2%

• náusea e vômito: 1%.

Quando ocorre a transmissão?

Além de saber o que é o coronavírus, também é importante entender seu ciclo de reprodução. O tempo médio da incubação do SARS-CoV-2 é de 5,2 dias, podendo chegar a 12,5 dias. Esse período é menor do que o dos demais coronavírus, que vão de 7 a 14 dias.

Vale reforçar que os pacientes com vírus incubado e os assintomáticos não o transmitem a terceiros. O Ministério da Saúde atesta que o período de transmissibilidade da doença é de, em média, 7 dias após o aparecimento dos sintomas. Contudo, muitos pesquisadores acreditam que o potencial de transmissão viral permanece enquanto durarem as manifestações clínicas.

Como proceder em caso de contaminação?

O tratamento contra COVID-19 é similar ao de uma gripe comum. O protocolo indica que:

• enfermos devem usar antitérmicos e analgésicos;

• umidificador no quarto e/ou banho quente podem ajudar no alívio dos sintomas de dor de garganta e tosse;

• pacientes infectados ou suspeitos devem ser isolados em quarto privativo por 14 dias, com portas fechadas e ambiente ventilado;

• todas as louças e objetos usados pelo doente devem ser de uso exclusivo e manuseados por familiares apenas mediante luvas;

• tanto paciente quanto familiares devem utilizar máscaras cirúrgicas (que devem ser trocadas a cada 4 horas), além de lenços de papel (para tosse, espirros etc.);

• a higiene das mãos deve ser feita a cada hora com álcool em gel.

Qual a taxa de letalidade do COVID-19?

A taxa geral de mortalidade por COVID-19 é de 3,4% (subindo a 14,8% em pessoas acima de 80 anos), segundo dados do Centro Chinês de Controle e Prevenção de Doenças (CCDC).

A título de comparação, o índice de letalidade do SARS em 2003 (ano de explosão da doença) chegava a 10%. Já o MERS (que se espalhou em progressão geométrica pelo Oriente Médio em 2012), alcançou taxa de mortalidade de 20% a 40%.

Por que o novo vírus causa tanto pânico em governos do mundo todo?

Dê uma rápida pesquisada no Youtube e você verá cenas de europeus esvaziando prateleiras de supermercados. Também se assustará com cidades norte-americanas totalmente desertas, ou, pior ainda, com as imagens de chineses improvisando galões de água e até sutiãs como máscaras de proteção. Mas isso tudo tem fundamento?

As últimas semanas têm mostrado que a maior parte dos infectados desenvolve sintomas leves, com recuperação em casa sem grandes complicações. Em âmbito mundial, há inclusive relatos de pacientes que se recuperaram sozinhos, sem necessidade de ajuda médica.

As amostragens dos positivos avaliados nos hospitais mundiais indicam que o maior grupo de risco é formado por pessoas idosas ou que já têm doenças graves (como HIV, enfermidades oncológicas, diabetes, problemas renais ou respiratórios crônicos).

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Isso acontece porque a imunidade desses indivíduos é mais baixa, tornando-os mais suscetíveis às complicações decorrentes da reprodução do vírus no organismo. O receio dos governos, entretanto, não está apenas no risco que o COVID-19 oferece a tais pessoas.

É que mesmo tendo baixa mortalidade, o potencial e a velocidade de contágio — ainda desconhecidos — fazem com que as nações tenham receio de que uma eventual corrida em massa de infectados aos hospitais colapse o sistema de saúde dos países.

E nesse cenário, em que toda a rede de saúde (pública e privada) está saturada com vítimas de COVID-19, os demais pacientes morrerão sem atendimento contra outras doenças que exigem intervenção imediata.

É o que aconteceu na Itália: no ápice do novo coronavírus, houve explosão de óbitos por infarto, AVC e complicações oncológicas.

De que forma o coronavírus impacta a economia?

A China é, hoje, a segunda maior economia do mundo, constituindo-se como player fundamental na balança comercial global (apenas o Brasil teve cerca de 20% de suas importações vindas da China em 2019).

Quando um país dessa magnitude é obrigado a fechar boa parte de suas fábricas, a atividade industrial de inúmeras nações é afetada — já que a produção depende de componentes vindos da China. Menos produção, menos vendas, mais desemprego.

Além disso, a quarentena generalizada e a paralisação de comércios empurram ainda mais o consumo para baixo, ampliando o quadro de desemprego. É um círculo vicioso.

Com as empresas em crise, seu valor de mercado nas bolsas caem ao chão. Países emergentes assistem à fuga de dólares e a desvalorização de suas moedas é inevitável. Isso sem falar que o aumento da inadimplência (pelo desemprego) coloca em risco o sistema financeiro mundial.

Uma pandemia gera também perda de mão de obra (por doenças) e restrição na rede de transportes, culminando em desabastecimento. Com o fechamento das fronteiras, companhias aéreas e redes hoteleiras também são severamente afetadas.

É por tudo isso que a ONU estima que, nessa nova economia, o agente do coronavírus possa custar R$ 2 trilhões ao mundo.

O que esperar dessa nova pandemia?

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Apesar de se tornarem famosos apenas no século XXI, os primeiros coronavírus humanos foram mapeados ainda na década de 1930 (sua nomenclatura atual, todavia, foi dada apenas em 1965).

Não se trata, portanto, de uma novidade: a questão é que os vírus (apesar de terem um único filamento de DNA ou RNA) dispõem de uma grande capacidade de mutação, seja na interação com o organismo hospedeiro, seja com outros vírus.

Nessa dinâmica de replicação constante em bilhões de seres vivos, é natural que, periodicamente, o planeta se depare com novas cepas virais (descendentes com ancestrais comuns).

SARS (2003), H1N1 (2009), MERS (2012) e Zika (2015) provam essa evidência, tão clara quanto a capacidade médica de, com pesquisa e alta tecnologia, descobrir novos métodos para o enfrentamento da doença (diagnósticos, tratamento, criação de vacinas, medicamentos).

Basta lembrar que, em menos de um mês, pesquisadoras identificaram a sequência genética do novo coronavírus, acelerando a formatação de procedimentos de suporte médico. Em um momento de pandemia, o maior inimigo não é o vírus, mas sim a desinformação.

Nesse contexto, evitar frequentar locais fechados, esquivar-se ao máximo de contato próximo com outras pessoas (inclusive familiares), manter a casa bem ventilada, higienizar as mãos com álcool em gel (mínimo de 40 segundos) são medidas simples, mas que reduzem significativamente sua chance de contágio.

No mais, preparar-se financeiramente diante da crise é fundamental, o que inclui evitar a bolsa de valores nesse momento de volatilidade extrema, e direcionar suas economias para investimentos de longo prazo, como previdência privada.

Além disso, é um ótimo momento para pensar sobre a proteção financeira da sua família e, por que não, sua também. Investimentos, reserva de emergência e um bom seguro de vida podem ser essenciais em momentos de dificuldade.

E então, conseguiu esclarecer suas dúvidas? Aproveite para compartilhar este conteúdo nas redes sociais e ajudar mais pessoas a entenderem o que é o coronavírus e como ele impacta a economia mundial.

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Por Mongeral Aegon

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