Juros do cartão de crédito e cheque especial: proteja seu bolso das armadilhas da crise

cofre de porquinho chorando por causa dos juros do cartão de crédito e do cheque especial

Crise econômica, desemprego, finanças indo para o vermelho. Isto faz com que caia na tentação de usar o limite do cheque especial para pagar o cartão de crédito. Se esta é sua situação no momento, pare tudo e leia este texto. Nem sempre o caminho mais fácil é o melhor ou o que vai resolver a sua situação. Dependendo de como você lida com suas dívidas você pode criar um efeito ‘bola de neve’. Por isso, tome muito cuidado com os juros do cartão de crédito e do cheque especial que são as grandes armadilhas em tempos de inflação.

O primeiro passo para resolver as dívidas é não se desesperar. Nada que não possa ser resolvido com um planejamento financeiro, mesmo que seja de longo prazo. O segredo é a sua força de vontade em iniciar o processo. Imagine uma dieta: se você só fala que vai começar, ela não faz efeito nenhum. Mas se você realmente começa e leva a sério, os resultados podem superar suas expectativas iniciais. A lógica é a mesma para começar um planejamento financeiro.

Mas, se você já está no vermelho, é necessário fazer um “saneamento básico” nas dívidas para não piorar a situação. Veja aqui algumas dicas que podem te ajudar a fugir das armadilhas financeiras:

Não entre nos juros do cartão de crédito

Ele é tão fácil de usar, não é? Comprar e só pagar mês que vem. Fazer compras parceladas a perder de vista é uma verdadeira tentação. Mas, na verdade, o cartão de crédito é um dinheiro que você não tem. E, se não ficar atento ao limite das compras, nunca terá. O famoso ‘dinheiro de plástico’ está com juros altíssimos. No último mês de maio, por exemplo, de acordo com a Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac), essa taxa subiu para 441,76% ao ano. E esses juros vão continuar a subir por causa do aumento da taxa de inadimplência, pessoas que deixam de pagar suas contas. No mesmo mês esta taxa chegou a 18,8%, a maior desde 2012.

Se o banco não recebe o que foi emprestado, aumenta os juros para que essa situação seja compensada e isso vira um ciclo vicioso e quem sofre é a própria sociedade. Portanto, ao não pagar uma dívida você não só impacta o seu bolso, mas todo um ‘ecossistema’ que acaba se voltando contra você e piorando a sua situação financeira também. Pense nisso na hora de deixar de pagar uma conta.

Quer um exemplo prático de como os juros podem te prejudicar? Sempre que você paga somente a parcela mínima da sua fatura esses juros incidem sobre a parcela que ficou sem pagamento. Se você deixou de pagar R$1 mil, em um ano essa dívida pode chegar a R$5043,89. Em 10 anos, chega a incríveis R$21.835.857.334,62 e  aí fica impossível de pagar.

Reflita antes de apelar para o cheque especial

Aqui a armadilha é a mesma: juros. Cada banco pratica sua taxa de cheque especial. Em média, essa taxa subiu em junho para 13,37% ao mês, segundo o Procon de São Paulo. Sendo assim, os mesmos R$ 1mil se transformam em R$4.507,94 em um ano e em 10 viram R$3.465.592.888,76.

Qual é a solução?

Para fazer o tal “saneamento básico” nas contas, se você realmente não tem como pagá-las, e precisa pegar um empréstimo, fique de olho nas condições. Esse empréstimo terá juros compostos ou fixos? A parcela aumentará com o tempo ou terá juros pré-fixados?

Leia mais: 7 passos para sair do vermelho

Se você não entende nada do assunto, o importante é pesquisar. Não se envergonhe de bater perna, perguntar e buscar todas as opções: empréstimo pessoal, consignados (pagos em folha), para a família…vale de tudo para sair do vermelho. Lembre-se apenas de não comprometer mais de 30% do seu orçamento com dívidas e acompanhe seus gastos com a velha planilha de orçamento pessoal.

Por Mongeral Aegon

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