Investir em commodities é um bom negócio?

Investir em commodities é aplicar em matérias-primas que são consumidas diretamente, como alimentos, ou usadas como blocos de construção para criar outros produtos. A maioria dos investidores está familiarizada com o funcionamento do mercado de ações, mas investir em commodities lhes parece significativamente mais complicado.

É essa a reflexão que resolvemos trazer neste artigo. Continue lendo para entender o que são commodities e quais são os benefícios de investir nelas!

O que são commodities?

investir em commodities

As commodities são objetos físicos que devem ser transportados, armazenados, gerenciados e protegidos contra perdas. Por exemplo, barras de ouro devem ser mantidas em um cofre e seguradas para o caso de furto, e as safras devem ser seguradas contra perda por tempo adverso ou incêndios florestais.

Essas despesas são coletivamente conhecidas como o custo de transportar ou carregar a carga e pressionam para baixo os retornos totais de longo prazo de um investidor.

Também é correto dizer que as commodities são objetos que saem da terra, como trigo, gado, soja, milho, laranja, ouro, urânio, cobre, alumínio, carvão, algodão e petróleo.

Commodities do mesmo tipo são consideradas fungíveis — isto é, intercambiáveis ​​com outras commodities do mesmo grau, independentemente de quem as produziu ou cultivou.

Por exemplo, se uma empresa de mineração no Rio de Janeiro produz cobre de alta qualidade, e uma empresa de mineração diferente em Minas Gerais também produz cobre de alta qualidade, o cobre produzido por ambas é fungível desde que receba o mesmo teor.

Qual é o motivo do receio de investir em commodities?

Há várias razões pelas quais investir em commodities não é tão popular.

Commodities não geram juros e dividendos

Muitas ações pagam dividendos, e a maioria dos títulos paga juros, mas as commodities não geram, inerentemente, juros ou dividendos.

O valor delas depende de produção, demanda e especulação

O valor das commodities depende puramente da produção global, da demanda comercial e da especulação, enquanto um estoque representa a propriedade em um negócio que normalmente cresce em valor ao longo do tempo.

Por exemplo, os preços do ouro têm retornos reais anuais ajustados pela inflação, normalmente de apenas 0,6% em comparação com algo em torno de 6,7% das ações.

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Não é tão simples entendê-las

Outra razão para que os investimentos em commodities gerem um pouco de receio é que não é tão simples entender a dinâmica em torno deles.

A negociação das commodities geralmente é feita com derivativos conhecidos como contratos futuros, em que a pessoa que vende concorda em entregar uma mercadoria a um comprador em um horário e preço futuros em câmbio de um prêmio.

Assim, o preço atual de uma commodity pouco tem a ver com o que os investidores farão em um contrato futuro.

Não são um grande hedge ao longo do tempo

Muitos investidores usam commodities como um hedge para reduzir o risco do portfólio, uma vez que elas têm uma baixa correlação com outras classes de ativos.

O problema é que muitos índices de commodities são fortemente ponderados em um punhado de commodities, como o petróleo bruto. Muitas crises que tendem a ser superadas em uma base especulativa são de curta duração.

Repassá-las com um alto valor não é tão fácil

Muitas commodities não têm liquidez, especialmente quando são negociadas mais adiante na curva.

As bolsas de futuros lidam com essas questões ao inicializar os valores contratuais que o mercado fecha, o que cria grandes oscilações de preço nas avaliações dos portfólios marcados a mercado.

A falta de liquidez, ou risco de liquidez, dificulta a compra e venda de contratos a preços adequados, o que pode aumentar o risco e potencialmente diminuir os retornos.

Seu mercado já foi bastante manipulado

A maioria dos investidores especializados em commodities têm conhecimento da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) e do seu impacto nos preços do petróleo bruto, mas muitos outros cartéis menos conhecidos já dominaram o mercado de commodities, como o potássio e os diamantes.

Isso faz com que muita gente acredite que esses mercados podem não ser totalmente influenciados pela oferta e demanda, mas sim pelos caprichos de um pequeno grupo de comerciantes ou investidores que desejam manter os preços em um determinado nível.

Afinal, faz sentido investir em commodities?

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Há muitos casos em que investir em commodities faz todo o sentido. Em particular, metais preciosos como o ouro podem servir como um hedge útil durante um curto período, quando um investidor está preocupado com uma crise.

Há também casos em que os investidores também podem identificar oportunidades baseados na previsibilidade da movimentação dos preços de determinadas commodities. Frequentemente, isso acontece com o petróleo bruto antes de uma reunião de um órgão regulador (como a já citada OPEP), em que se espera aumento ou diminuição da produção para definir a precificação.

Esses eventos geralmente levam à volatilidade, que pode ser lucrativa para traders de curto prazo ou investidores especulativos. Além disso, investidores que dominam o mercado de commodities costumam apontar diversas vantagens. Confira, a seguir.

Diversificação

Commodities podem diversificar um portfólio. Os retornos de commodities geralmente têm correlações baixas ou negativas com os retornos de outras principais classes de ativos. Então, quando os títulos e ações caem, as commodities sobem.

Às vezes, também, pode não haver nenhuma conexão entre os retornos. Fatores que afetam os retornos de ações e títulos, por exemplo, não afetam os retornos das commodities da mesma maneira.

Além disso, as commodities podem reagir de maneira diferente de outros ativos em várias situações econômicas e geopolíticas. Por exemplo, os preços das ações podem cair durante uma crise financeira, mas os preços do ouro podem subir à medida que a demanda por esse ativo seguro aumenta.

Proteção contra inflação

inflação tem um impacto diferente nas commodities do que nos ativos financeiros, como ações e títulos, porque a inflação faz com que a moeda se deprecie, o que corrói o valor real deles.

As commodities, no entanto, mantêm seu valor e preço mesmo durante a alta inflação. Neste ambiente, os investidores podem recorrer a ativos tangíveis, como ouro e outros metais preciosos.

Cobertura contra risco de evento

Eventos como desastres naturais, guerras e crises econômicas podem levar à depreciação dos ativos de um investidor. Esse é um “risco de evento”. Tais eventos afetam os ativos financeiros como ações e títulos negativamente. Eles também podem levar a um aumento nos preços de certas commodities.

Por exemplo, interrupções na oferta devido a guerras podem elevar os preços do petróleo e seus derivados. Assim, essas commodities podem atuar como uma proteção potencial contra alguns riscos de eventos — um amortecedor contra perdas.

Liquidez

Ao contrário do investimento em ativos como o imobiliário, o investimento em futuros de commodities oferece alta liquidez. É fácil comprar e vender commodities; ou seja, um investidor pode liquidar sua posição sempre que necessário.

Como você viu, é, sim, um bom negócio investir em commodities, especialmente se for para diversificar o portfólio de investimentos. Para isso, é muito importante conhecer bem esse mercado.

Então, nós te ajudamos a entender se investir em commodities é um bom negócio? Confira um passo a passo para começar essa empreitada!

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Por Mongeral Aegon

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