5 cuidados na hora de investir que o profissional liberal precisa ter

Investimentos para profissionais liberais é um assunto cada vez mais recorrente no país. Advogados, médicos, dentistas, arquitetos, representantes comerciais. Quem é profissional liberal sabe como é difícil lidar com o dinheiro quando não se tem um salário fixo no fim do mês, ao contrário do que acontece com a maioria dos trabalhadores.

Por causa desse fator de imprevisibilidade, também é necessário tomar alguns cuidados na hora de investir, saber desenhar uma estratégia adequada e ficar atento aos riscos.

No texto de hoje, listamos alguns pontos que você deve observar, como a separação das contas pessoais das profissionais, a formação de um fundo de emergência e o estabelecimento de um planejamento anual. Quer saber mais? Continue a leitura!

1. Separe as contas pessoais dos negócios

Um dos principais erros cometidos por autônomos e profissionais liberais é misturar os ganhos e despesas pessoais com as movimentações do seu negócio. É necessário fazer uma separação bem definida do que pertence a cada orçamento.

A atividade do profissional liberal, seja ela qual for, tem despesas próprias, como impostos, taxas, pagamentos a funcionários, custos de aluguel, material de escritório, entre outras.

Ela também exige novos investimentos de tempos em tempos: médicos e dentistas precisam de novos equipamentos, por exemplo; representantes comerciais que visitam clientes precisam trocar de carro com uma frequência maior; e assim por diante.

Ao mesmo tempo, o profissional liberal também tem os custos normais de uma família, como despesas com alimentação, saúde, educação dos filhos, contas de água, luz, telefone e condomínio, etc. Além disso, há seus próprios objetivos financeiros, como aposentadoria, compra de bens e viagens de férias.

Como lidar com tantas despesas? O ideal é que as duas coisas não se misturem: faça orçamentos separados para seu negócio e sua casa.

O orçamento da sua atividade financeira deve contemplar os custos, os reinvestimentos, uma reserva financeira para uma possível queda no movimento e um salário para você mesmo. Já o orçamento pessoal deve incluir as despesas da família e ser pago com a retirada do dinheiro dos negócios que foi preestabelecida.

Também é importante não se deixar empolgar em meses de muito movimento e bons resultados. Esbanjar e fazer a festa quando se tem muito dinheiro no bolso pode comprometer as finanças nos meses de vacas magras.

2. Faça um planejamento anual

Um dos grandes problemas financeiros que os profissionais liberais enfrentam é a falta de previsibilidade de suas receitas: há meses em que o movimento é maior, e é possível ganhar mais dinheiro; em outros, a atividade cai, e fica mais difícil pagar as contas.

Entretanto, algumas variações são esperadas: há épocas do ano, como férias escolares, datas comemorativas, feriados e estações, em que o movimento pode aumentar ou diminuir, dependendo do ramo de atividade. É a chamada sazonalidade.

Por isso, o mais recomendado é fazer um planejamento anual e não apenas mensal. Assim, é possível dar conta de todas essas variações de receita com base no que foi apurado em anos anteriores, estabelecer uma média de ganhos e saber o quanto está disponível para investir.

Outra vantagem de um planejamento desse tipo é poder prever gastos anuais, como é o caso de alguns impostos, taxas e seguros de bens. Assim, você não é pego de surpresa e consegue se preparar para bancar essas despesas.

3. Forme um fundo de emergência

Essa é uma recomendação geral: todo mundo deveria ter um fundo de emergência. Ele é uma reserva financeira a ser usada em caso de imprevistos, como acidentes, doenças, consertos, reparos, falências ou desemprego, entre outros.

Profissionais liberais não contam com muitos dos benefícios dos trabalhadores com carteira assinada, como férias, 13º salário, fundo de garantia e seguro-desemprego — sem falar que seus ganhos não são fixos e podem oscilar bastante. Por isso, para essa categoria profissional, ter um fundo de emergência é imprescindível.

Essa quantia deve ser suficiente para bancar seis meses de gastos, no mínimo — o ideal é que ela seja grande o bastante para sustentar a família por até um ano, já que a situação de um arquiteto ou dentista, por exemplo, é mais imprevisível do que de um funcionário com carteira assinada.

O fundo de emergência deve ficar aplicado em um investimento de baixo risco, que permita o resgate a qualquer momento sem que isso signifique perder dinheiro. Algumas sugestões são a poupança, o Tesouro Selic, os fundos de renda fixa e, também, CDBs (Certificados de Depósito Bancário) que ofereçam liquidez diária.

4. Tenha um bom seguro de vida

A reserva de emergência é importantíssima e deve ser feita, claro, mas há outras opções para que o profissional liberal não precise recorrer ao seu dinheiro guardado. Um bom seguro de vida pode cobrir várias situações desfavoráveis e contribuir de forma decisiva em momentos difíceis.

Além de garantir uma boa quantia para o sustento da família se você vier a falecer, ele também pode pagar indenizações em casos como:

  • ter uma doença grave diagnosticada;
  • invalidez permanente;
  • incapacidade temporária.

Assim, você tem uma outra fonte de renda em cenários específicos e que, sem essa ajuda, seriam bastante complicados.

5. Invista pensando na aposentadoria

O profissional liberal deve, também, se planejar para o futuro e estar preparado para o momento da aposentadoria.

Como, na maioria dos casos, o benefício oferecido pela Previdência Social não é suficiente para manter o padrão de vida, investir a longo prazo se torna uma necessidade — e uma das melhores opções para isso são os planos de previdência privada.

Para quem trabalha por conta própria, a alternativa mais indicada são os planos do tipo VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre).

O VGBL não permite descontar o valor aplicado na declaração anual de Imposto de Renda. Pode parecer uma desvantagem, mas isso faz mais sentido para quem não tem remunerações fixas e, por isso, não tem tanto controle sobre seu planejamento tributário.

Por outro lado, isso é compensado na hora do resgate: a base de cálculo para incidência do Imposto de Renda leva em consideração apenas os rendimentos e não o valor total.

Assim, se você aplicou R$ 500 mil ao longo da vida e acumulou uma quantia de R$ 800 mil, apenas os R$ 300 mil de juros serão tributados, o que é uma ótima forma de reduzir a mordida do leão em uma fase crucial da vida.

Esses são alguns cuidados na hora de investir que o profissional liberal deve tomar. É preciso estar bem preparado para as adversidades, e essas dicas que listamos vão exatamente nesse sentido, garantindo a tranquilidade, a segurança e o bem-estar de toda a família.

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Por Mongeral Aegon

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