Onde guardar dinheiro: conheça as 7 opções mais seguras

Onde guardar dinheiro é um questionamento para quem já entendeu que poupar é um ótimo hábito. Sabendo isso, podemos contar com uma reserva de emergência para momentos de aperto, fazer compras de valor mais alto, conquistar nossos sonhos e alcançar nossa independência financeira.

Mais do que ter a consciência de que é preciso guardar, é preciso saber onde fazer isso, uma vez que é importante fazer o dinheiro render. E mais: se fosse para guardar por guardar, o bom e velho colchão serviria, não é mesmo?

Essa é a reflexão que nos fez montar este texto.

Se você está entre os que ainda têm dúvidas sobre quando, onde e como guardar dinheiro, esta leitura vai ajudar. Continue lendo para ver uma série de opções, suas vantagens e desvantagens!

Guardar dinheiro ou investir: a importância do propósito

Precisamos pontuar: saber quando poupar e quando investir dinheiro é uma parte fundamental no esforço de geração de riqueza. Muita gente, no entanto, confunde poupar com investir. Essas palavras, apesar de estarem intimamente ligadas, não são sinônimos.

Basicamente, poupar dinheiro é guardá-lo regularmente. Você gasta menos dinheiro do que ganha e guarda o que sobra, um hábito que deve ser uma parte automática do seu orçamento mensal. Lembre-se: não existe ninguém que tenha sucesso financeiro sem poupar.

O investimento dá um passo adiante e coloca o dinheiro no mercado para que ele tenha rendimento. Os investidores compram ações, títulos, fundos ou outros veículos de investimento. É isso que faz multiplicar seus recursos financeiros em curto, médio e longo prazo.

Logo, se você quer ver seu dinheiro crescer, é preciso ir além do hábito de poupar e passar a investi-lo com estratégia!

Outro ponto importante: a maioria das pessoas não guarda e nem investe unicamente por falta de visão estratégica. E qual é o cerne de uma estratégia? É o propósito, o objetivo que precisa ser alcançado e que, para tal, requer uma série de atitudes e ações.

Uma maneira inteligente de criar e perseguir um propósito é dividi-lo em várias partes, transformando-o em etapas a serem alcançadas.

Por exemplo, se você quer juntar 100 mil reais para comprar um bem, que tal dividi-lo em 4 metas de 25 mil reais? Isso vai facilitar a visualização da realização, encurtar os prazos e tornar as ações menos “assustadoras”. O objetivo da compra do bem está lá, mas vencer etapa por etapa vai motivar mais, especialmente quando elas forem alcançadas uma a uma.

Onde guardar dinheiro: 7 maneiras muito seguras

Agora que já refletimos sobre a importância de poupar e reforçamos a ideia do propósito, chegou a hora de vermos maneira de fazer isso.

No vídeo que segue, confira alguns highlights sobre maneiras de guardar dinheiro que podem ser úteis dentro da sua estratégia financeira. Em seguida, leia um detalhamento maior dessas dicas.

1. Cofre

Muita gente guarda suas moedinhas ou até mesmo notas de valor mais alto em um cofre em casa. Por um lado, esse método oferece a vantagem de deixar o dinheiro sempre disponível. Por outro, há alguns problemas consideráveis.

Em primeiro lugar, o dinheiro guardado em um cofre não rende, diferentemente do que acontece em aplicações financeiras. Por causa da inflação e de seus efeitos, podemos dizer que essa quantia está perdendo valor mês a mês.

Além disso, há a questão da segurança. O dinheiro guardado em casa está sujeito a roubos e furtos. E não é só a violência que pode comprometer esse “pé de meia”: incêndios, inundações e o próprio desgaste podem danificar as notas. É melhor procurar um banco para guardar suas economias.

2. Poupança

A poupança é a primeira coisa que vem à cabeça da maioria dos brasileiros quando a pergunta é onde guardar dinheiro com segurança. Ela é um investimento bem simples: basta depositar qualquer quantia em uma conta desse tipo que o dinheiro receberá juros a cada 30 dias.

Por um lado, muito provavelmente sua conta-corrente tem uma conta-poupança atrelada a ela e permite transferências entre as duas sem tarifas ou custos.

Por outro lado, é um dos investimentos com pior rentabilidade — em anos recentes, chegou até mesmo a pagar juros menores que a inflação, o que significa que guardar dinheiro na poupança fez com que ele perdesse seu valor.

O fato de os juros caírem na conta somente a cada 30 dias também é uma desvantagem: se você precisar sacar antes de um mês, não receberá nenhuma remuneração pelo período em que o dinheiro ficou parado. Há opções melhores, sobre as quais falaremos a seguir.

3. Fundo de investimento em renda fixa

Fundos de investimento são uma forma bastante simples e prática de poupar. Eles funcionam como um intermediário: você aplica uma quantia, e os gestores do fundo se encarregam de usar o dinheiro para comprar ativos financeiros e obter rendimentos. No caso de fundos de renda fixa, os profissionais investem em títulos de crédito públicos e privados que pagam juros.

No entanto, tal comodidade tem um custo: a chamada taxa de administração. Ela é expressa na forma de uma porcentagem anual e descontada diariamente.

Na prática, quanto maior a taxa de administração, menor o rendimento do fundo de renda fixa. Grandes bancos costumam cobrar caro por seus fundos, entre 2% e 4% ao ano, o que faz com que muitos deles rendam menos que a poupança. É possível encontrar opções mais vantajosas em corretoras de valores independentes.

O investimento em fundos de renda fixa paga impostos semestralmente. A alíquota de IR sobre o lucro é de 15% para fundos com carteira de longa duração e 20% para curta duração — essas informações constam na documentação do fundo.

Também há uma cobrança de Imposto de Renda complementar em resgates feitos em menos de dois anos. Saques realizados antes de o investimento completar um mês também pagam IOF.

4. Tesouro Direto

Uma parte considerável dos fundos de renda fixa investe a maior parte de seu patrimônio em títulos da dívida pública. Então, por que não dispensar a intermediação e os custos e comprar você mesmo esses papéis? Isso é possível por meio da plataforma do Tesouro Direto.

A principal vantagem está nos custos: enquanto fundos cobram até 4% ao ano de taxa de administração, muitas corretoras praticam taxa zero no Tesouro Direto, e a taxa paga à B3 (Bolsa de Valores de São Paulo, que fica responsável pela custódia dos títulos) é de apenas 0,3% ao ano. Esse investimento também é bastante acessível: o mínimo para aplicar é de R$ 30.

Por outro lado, o funcionamento do Tesouro Direto é mais complexo que uma poupança ou um fundo de renda fixa, pois há diferentes tipos de títulos disponíveis para venda.

O mais simples deles atende pelo nome de Tesouro Selic. Ele é corrigido diariamente pela taxa de juros básica vigente, a Selic, o que garante um pequeno rendimento todos os dias úteis, mas consideravelmente superior à poupança. Há, também, papéis atrelados à inflação e com juros prefixados, com e sem opção de pagamento de juros semestrais.

Entretanto, esses títulos podem apresentar variações de preço no curto prazo, incluindo aí rentabilidades negativas. Por isso, são indicados apenas para quem pretende guardar dinheiro para horizontes mais distantes.

O investimento em Tesouro Direto está sujeito à incidência de Imposto de Renda. A alíquota incide sobre o rendimento da aplicação, e varia entre 22,5%, para resgates feitos em menos de 6 meses, a 15%, para aplicações com mais de 2 anos.

Saques realizados em períodos menores que 30 dias também pagam IOF. Para investir, é preciso ter conta em uma corretora de valores, empresa financeira habilitada a operar na bolsa de valores com a compra e venda de títulos.

5. CDB

Uma opção aos títulos públicos são os títulos privados, emitidos por bancos e financeiras para captar dinheiro e oferecer crédito a seus clientes.

Um dos mais famosos é o CDB, sigla para Certificado de Depósito Bancário. Ao investir em CDB, você empresta aquela quantia para a empresa, que se compromete a pagá-la com juros em um prazo determinado.

Há CDBs que oferecem a chamada liquidez diária, nome dado à possibilidade de pedir o resgate a qualquer momento, o que torna esse investimento interessante para fazer uma reserva de emergência.

Também há títulos cuja liquidez se dá apenas no vencimento, ou seja, não é permitido solicitar o resgate antes de um prazo fechado. A vantagem dessa segunda possibilidade é uma rentabilidade maior.

Por falar em rentabilidade, vale dizer que ela geralmente é expressa como uma porcentagem do CDI, taxa de juros que acompanha bem de perto a Selic. CDBs dos maiores bancos comerciais dificilmente pagam mais que 80% do CDI — em alguns casos, isso significa rendimento menor que o da poupança.

Já bancos pequenos e médios oferecem até mais de 100% do CDI. Apesar do maior risco de crédito (possibilidade de calote) dessas empresas, existe a proteção do Fundo Garantidor de Créditos, que cobre investimentos de até R$ 250 mil por CPF em cada instituição. O investimento inicial costuma ser mediano, entre R$ 500 e R$ 1 mil. A tributação é a mesma do Tesouro Direto.

6. LCI e LCA

A Letra de Crédito Imobiliário (LCI) e a Letra de Crédito do Agronegócio (LCA) são opções parecidas com o CDB para guardar dinheiro, mas com uma diferença: os recursos captados pela instituição financeira só podem ser empregados em créditos nesses dois setores da economia.

Para o investidor, isso significa uma vantagem tributária: tanto LCI quanto LCA são isentos de cobrança de Imposto de Renda, o que pode garantir rendimentos líquidos maiores.

Por outro lado, a quantia exigida para investir costuma ser bastante elevada, e são raros os títulos com liquidez diária. Além disso, há uma carência mínima de 90 dias para efetuar o resgate.

7. Previdência privada

previdência privada é um ótimo instrumento para guardar dinheiro com segurança, visando o longo prazo. Você pode investir de uma só vez, esporadicamente ou mensalmente. Os recursos poupados serão investidos em fundos que aplicam em renda fixa e ações, buscando uma boa rentabilidade ao longo dos anos.

A principal vantagem da previdência privada é em relação aos impostos. Há planos que permitem descontar o valor investido na declaração anual de ajuste do Imposto de Renda, o que pode significar uma economia considerável na mordida do Leão.

Além disso, dependendo do regime de tributação escolhido, é possível pagar menos impostos ou até mesmo ficar completamente isento na hora do resgate. Por fim, a previdência privada dá a opção de investir mensalmente de maneira programada, o que ajuda a ter disciplina na hora de poupar.

A melhor escolha: como avaliar onde guardar seu dinheiro

Diante dessas sete dicas, você deve estar se perguntando: qual é a melhor opção para mim? Confira, a seguir, algumas dicas para fazer essa avaliação de acordo com os seus propósitos e a sua realidade.

Onde guardar dinheiro: conheça as 7 opções mais seguras

Melhore sua educação financeira

Não existe uma boa escolha sem conhecimento. Você precisa estudar mais a fundo os “segredos” dos investimentos (riscos, prazos, taxas de liquidez etc.). E a boa notícia é que conteúdo de qualidade sobre esse tema não falta na internet. Aqui mesmo no blog, temos muitos materiais em texto, áudio e vídeo. Aproveite!

Não tire seu propósito do horizonte

Conforme já pontuamos, é preciso ter um propósito para guardar e investir seu dinheiro. Na hora de avaliar a melhor opção para poupar, lembre-se disso. Assim você poderá, por exemplo, saber se pode guardar em um meio que lhe dê rendimentos de curto, médio ou longo prazo e poderá fazer o balanço dos riscos envolvidos em um investimento.

Busque ajuda especializada

Como tudo, é sempre bom conversar com quem entende de finanças em profundidade. Busque se conectar a um analista, economista ou outros profissionais que trabalham com o mercado financeiro.

Há hoje no mercado excelentes consultores que prestam serviço de assessoria, e eles ajudam desde o planejamento financeiro pessoal até a execução de investimentos mais ousados.

Como você viu, há uma série de opções para guardar dinheiro com segurança. Elas têm finalidades diferentes, algumas são mais para quem precisa utilizar o montante poupado em curto prazo, outras se adequam mais àqueles que querem obter rendimentos no médio e longo prazo.

Não podemos esquecer, no entanto, que guardar dinheiro requer bastante disciplina. Isso porque exige esforço para driblar o hábito do prazer imediato do consumo, algo tão forte em nossa sociedade atual.

Você precisa vencer uma verdadeira cultura de não poupar, que está bastante enraizada na sociedade brasileira — um estudo da Unicamp mostra que 80% dos brasileiros não guardam dinheiro.

Superada a falta de costume de poupar e decidido onde guardar dinheiro, você vai ver que os investimentos ficam mais fáceis de serem realizados e um novo hábito vai se desenhando.

Vai perceber na prática que aplicações financeiras oferecem boa rentabilidade para você alcançar seus objetivos e sonhos, bem como para garantir sua independência financeira e realizar grandes projetos.

Essa era a reflexão que queríamos trazer neste artigo. Gostou do texto e quer que outras pessoas o vejam também? Então, compartilhe-o em suas redes sociais e espalhe o conhecimento!

Por Mongeral Aegon

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