Criptomoedas: entenda de uma vez como elas funcionam

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Muito se fala a respeito das moedas virtuais, como Bitcoin e Ethereum. Seja com a notícia do pagamento de resgate de um sequestro internacional ou como a modalidade de investimentos mais badalada da atualidade, uma coisa é certa: o dinheiro digital tem mostrado talento para atrair a atenção das manchetes. Mas, apesar de todo o alarde, você já se perguntou como funcionam as criptomoedas?

Quem é responsável por criar uma moeda virtual? A que tipo de regulação elas se submetem? Estariam elas sujeitas à inflação? Ao longo de todo este artigo vamos tentar mostrar a você o mundo das moedas virtuais. Confira!

O que são as criptomoedas?

As moedas virtuais, também conhecidas como criptomoedas, compartilham muitas características com as moedas comuns que estamos acostumados a utilizar no nosso dia a dia. Podemos dizer, inclusive, que a ideia central de ambas é exatamente a mesma.

Dizemos isso porque, em tese, as duas podem ser utilizadas para comprar mercadorias no supermercado, para pagar um curso de pós-graduação ou uma consulta no dentista. No entanto, é preciso destacar que as criptomoedas têm esse potencial, mas ainda não conseguiram alcançar grande capilaridade no Brasil e talvez, até mesmo, em todo o mundo.

A única diferença neste sentido é que a aceitação da moeda corrente (o real brasileiro) é obrigatória em todo o território nacional, enquanto que a utilização da criptomoeda é opcional, cabendo a decisão a cada uma das partes envolvidas em uma transação de natureza econômica.

Como conseguir criptomoedas?

Assim como acontece com a moeda oficial, você também pode conseguir moedas digitais por seu trabalho, prestação de serviços ou venda de produtos. Basta que, para isso, você passe a aceitar pagamentos nas suas moedas digitais favoritas.

Além disso, também é possível comprar criptomoedas, isto é: converter reais ou dólares em Bitcoins ou Ethers. Isso acontece porque existem muitas pessoas e empresas interessadas em negociar esses valores obtendo pequena vantagem em cada transação. Há, ainda, um terceiro meio de obter criptomoedas: a mineração, mas falaremos mais sobre ela um pouco mais para frente.

Por que as criptomoedas foram criadas?

Apesar do fato de, nos jornais, estarem frequentemente associadas a atos de delinquência, as criptomoedas foram criadas com um objetivo ideológico. A ideia é criar uma moeda que pudesse ser aceita em todo o mundo e que não sofresse a influência de nenhum governo ou banco central.

Uma moeda verdadeiramente livre de fronteiras, criada e mantida para atender aos interesses de seus usuários, que passaram a poder movimentar anonimamente montantes por todo o mundo sem precisar, por exemplo, recolher pesados impostos, taxas ou ter de gerir a cotação de diferentes moedas.

Como funcionam as criptomoedas, afinal?

Uma moeda com um papel tão revolucionário tem também muitos desafios pela frente, como controlar a inflação, proteger os dados de ataques mal-intencionados e até mesmo ter de lidar com a sanção de governos e autoridades locais. Por isso, moedas como Bitcoin e Ethereum possuem um complexo mecanismo por trás, de modo que vamos analisá-los em etapas.

Criação do par de chaves criptográficas

Todo usuário, antes mesmo de começar a utilizar as moedas virtuais, deve instalar em seu computador ou dispositivo móvel um software. Com isso, o usuário adquire um endereço que funciona como uma conta-corrente, que registra toda a movimentação de entrada e saída de valores.

Depois disso, já é possível adquirir moedas em espécies de “casas de câmbio”, em que pagamos em real ou dólar para adquirir as moedas digitais em questão. O procedimento pode ser feito pela internet sem nem sair de casa por meio de boleto bancário ou cartão de crédito, por exemplo.

Movimentação de valores

O software instalado na máquina de cada cliente funciona como um registro não apenas de suas próprias atividades, mas também de transações realizadas em todo o mundo. É assim que moedas como o Bitcoin conseguem se manter imunes de tentativas de derrubada.

Eles não possuem um servidor central, já que cada usuário funciona simultaneamente como cliente e servidor. Trata-se da famosa tecnologia P2P ou peer to peer, também muito empregada para o compartilhamento online de arquivos do tipo torrent. Em outras palavras, para derrubar um sistema como o Bitcoin, seria necessário eliminar todos os seus usuários e não apenas um servidor central.

Realizando transações

Talvez essa seja a etapa mais difícil dentro de todo o processo, já que, para realizar uma transação, é preciso encontrar algum parceiro comercial que também seja usuário da mesma moeda e que aceite receber pagamentos por meio dela, o que ainda é bastante raro no Brasil.

No entanto, muitas pessoas têm adquirido moedas virtuais com a intenção de realizar um investimento, isto é, apostam na popularização desse meio, fazendo com que o valor da moeda cresça, aumentando o seu poder de compra.

Validação das transações

Para evitar falhas de segurança, fraudes e também para garantir o sigilo das operações realizadas, as criptomoedas geralmente funcionam de acordo com um sistema de validação das transações.

Funciona assim: o programa reúne diferentes operações em um bloco e, na sequência, liga um bloco no outro, fazendo uso de um código chamado “hash” e criando uma cadeia chamada “blockchain”.

A montagem desse bloco é feita por um personagem muito importante: o minerador. Lembra que falamos da mineração no tópico sobre como conseguir criptomoedas? O minerador normalmente é uma empresa que possui uma série de máquinas superpoderosas capazes de realizar milhares de cálculos em pouquíssimo tempo. Quando uma dessas máquinas consegue acertar uma de suas tentativas, confirmando e validando a operação, o minerador é remunerado com uma pequena quantidade de moedas virtuais que são geradas na hora.

Quais são as expectativas para o futuro?

A verdade é que os especialistas estão bastante divididos quando o assunto é o futuro das criptomoedas. Enquanto uns considerem tamanha popularidade em fenômeno passageiro, outros afirmam que elas chegaram para ficar e que a tendência é que cada vez mais pessoas se envolvam.

Vale a pena investir nesse mercado?

Apesar de ouvirmos muitas histórias de investidores que ficaram ricos investindo todas as suas economias em moedas virtuais e apesar de não negarmos a autenticidade desses fatos, é preciso reconhecer que tais pessoas fazem parte de uma minoria.

Assim, o mercado de moedas virtuais é uma modalidade de investimento plenamente viável, desde que o investidor entenda bem como funcionam as criptomoedas, os riscos que está correndo e, sobretudo, tenha em mãos uma boa estratégia de investimentos, o que inclui muito planejamento uma carteira diversificada e equilibrada de aplicações. Caso contrário, o sonho da renda extra pode acabar virando um verdadeiro pesadelo!

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Agora que você já conhece o mecanismo por trás das criptomoedas, que tal começar a pensar na sua carteira de investimentos como um todo e aprender um pouco mais sobre os fundos de pensão?

Por Mongeral Aegon

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