Todo ano fazemos promessas e criamos metas, mas nem sempre conseguimos realiza-las. Entretanto, o momento de crise que vivemos exige iniciativa e uma mudança intensa de postura para alcançar resultados igualmente intensos.
Sem mais delongas, neste artigo listamos 8 decisões financeiras que você não pode deixar de tomar em 2018. Confira!
1. Qualifique-se com uma nova graduação ou pós-graduação
A última pesquisa sobre a relação entre escolaridade e remuneração foi feita pela consultoria Produtive, em meados de 2015. Nesse período, descobriu-se que:
- profissionais que tinham apenas uma graduação em seu currículo tiveram entre 2014 e 2015 um tímido aumento de 4,6%;
- no mesmo período, os que possuíam uma pós-graduação lato sensu alcançaram reajuste médio de 12,4%;
- quem fez mais de uma especialização viu sua remuneração saltar 14,6% em plena recessão;
- por fim, os mestres e doutores tiveram, em média, reajuste de 21,4%.
Vale lembrar que até no setor público os diferentes níveis de qualificação garantem remunerações distintas no contracheque. No Poder Judiciário, por exemplo, existe o chamado Adicional de Qualificação que assegura reajustes de até 12,5% para quem obtém título de doutor.
Reciclar-se permanentemente é uma das mais sábias decisões financeiras que você pode tomar. Eis aqui uma ótima meta para você colocar no seu “wishlist 2018”!
2. Crie um plano financeiro com metas de crescimento para o longo prazo
Essa é uma das mais importantes decisões financeiras que você poderia tomar em 2018. Afinal, tão improvável quanto seria a um piloto de Fórmula 1 ganhar uma corrida sem saber dirigir ou a um capitão conduzir uma embarcação ao seu destino sem o auxílio de mapas e bússolas é você ter sucesso na vida financeira sem qualquer planejamento prévio.
Gestão e planejamento estratégico são cruciais para as empresas que desejam crescer a longo prazo e assim também deve ser com a sua vida financeira. Você também precisa estabelecer objetivos estratégicos que sejam desdobrados em metas e iniciativas — tudo para acelerar o alcance de sua independência financeira.
Você sabia que:
- 62% dos brasileiros não guardam dinheiro;
- 43,5% têm pouco ou nenhum conhecimento sobre o que foi comprado com cartão de crédito;
- 42% dos brasileiros não sabem quanto ganham?
Agora responda com sinceridade: você acha que é possível alcançar estabilidade financeira ou fazer fortuna sem saber quanto ganha, quanto gasta e no que pode investir para multiplicar seu patrimônio?
Tenha como meta do ano criar metas financeiras vinculadas a objetivos de longo prazo. Por exemplo, seu objetivo de longo prazo pode ser fazer Mestrado nos Estados Unidos. Para realizá-lo, a meta é investir 30% do seu salário em fundos de investimento.
3. Controle seu orçamento doméstico através de planilhas e aplicativos
Este tópico é um desdobramento do anterior. Se estabelecer um plano de longo prazo está entre suas decisões financeiras desse ano, é preciso aprender a controlar seu orçamento com instrumentos formais — como planilhas ou aplicativos de controle de gastos pessoais.
Segundo especialistas, a simples transferência de seu fluxo de receitas e despesas a uma planilha já é suficiente para reduzir seus gastos em até 30%. A questão é que a falta de sistematização resulta em gastos redundantes, despesas desnecessárias e falta de ímpeto para renegociar alguns de seus gastos-chaves.
Por exemplo: é muito comum ver relatos de pessoas que sofrem mensalmente com as altas contas de celular. Se você não tiver um histórico de custos com telefonia para monitorar, dificilmente vai ser estimulado a ligar para a operadora em busca de um plano mais adequado ao seu perfil.
Ou você pode também se informar sobre os horários em que o custo das ligações é mais barato. Você sabia que, a depender do horário, as tarifas de celular podem ficar até 75% mais baixas?
Sua planilha ou aplicativo deve conter exatamente todo seu movimento financeiro do mês, sem subestimar nem mesmo o cafezinho. A partir desse diagnóstico, será possível dividir seus gastos entre “essenciais”, “úteis” e “supérfluos”. Estes últimos — como academia e operadoras de TV a cabo — devem ser renegociados.
4. Compre apenas à vista
Entre as decisões financeiras possíveis para 2018, uma das que não podem deixar de figurar em sua lista é acabar com o hábito de comprar a prazo. Crediários, financiamentos e parcelamentos de todas as espécies apenas contribuem para empobrecê-lo, e isso ocorre por três razões fundamentais:
- quando você compra hoje e paga amanhã, arca com os juros desse “prazer imediatista”;
- quando você deixa de comprar à vista, deixa também de ter poder de barganha para negociar preços mais baixos. A depender do bem, você pode reduzir o valor pedido em até 20% se pagar tudo de uma única vez;
- o valor que você paga em juros poderia ser redirecionado a uma aplicação.
5. Poupe mais dinheiro
Lembra da pesquisa que mostramos acima que revela que o brasileiro não poupa? Pois bem, a razão para isso está em nossa própria cultura hedonista de pensar apenas no curtíssimo prazo, bem como da ausência de uma política de Estado em educação financeira.
Afinal, chegamos à faculdade sem ter a menor ideia de como administrar nosso dinheiro. O resultado disso costuma ser a formação de poucos milionários no país em comparação —proporcional — com nações desenvolvidas como Estados Unidos, Suíça e Japão. Neste último, aliás, as crianças já começam a entender como gerenciar sua mesada desde os primeiros anos escolares.
Contra essa escuridão financeira nacional, você deve estudar por conta própria sobre os rumos do mercado financeiro, principais investimentos, caraterísticas e diferenças — bem como as melhores formas de poupar seus recursos. É preciso que o dinheiro trabalhe para você, e não o contrário, como costuma ocorrer.
Perceba que a questão é deixar de guardar a sobra para gastá-la. Por isso:
- não antecipe o 13º salário;
- amortize as parcelas de suas dívidas;
- renegocie ou suspenda suas despesas supérfluas — como baladas — para amortizar as parcelas de suas dívidas;
- enxugue seus custos para economizar todos os meses um percentual fixo de seus rendimentos — o ideal seria algo a partir de 30%.
Faz parte de suas decisões financeiras ter em mente um objetivo que lhe prenda ao sacrifício da renúncia. Ele pode ser fazer um curso no exterior, dar entrada em uma casa ou comprar um carro, por exemplo.
6. Estude o mercado financeiro
Em 2013, uma reportagem no mínimo curiosa feita pela Infomoney constatou que, à época, havia mais brasileiros na cadeia (0,30%) do que investindo na Bolsa (0,29%). O objetivo era levantar a questão sobre o porquê da aversão que o brasileiro tem pelo mercado acionário.
O receio nacional não se restringe às ações, mas a todos os investimentos fora da caderneta de poupança. Isso ocorre justamente pela falta de conhecimento do mercado financeiro. Por isso, faça do estudo uma das suas decisões financeiras mais imediatas.
7. Comece a investir
Uma vez que você adquira conhecimento sobre o mercado, busque criar uma carteira diversificada de investimentos com maior percentual de recursos em renda fixa e também uma parcela em renda variável.
8. Contrate um seguro de vida
O seguro de vida é uma proteção indispensável a qualquer brasileiro que tenha entes queridos a serem protegidos. Se você faltar amanhã, quem vai dar suporte os estudos de seus filhos? Se fosse acometido por um acidente que resultasse em invalidez, como você se manteria?
Vale lembrar que, atualmente, existem até mesmo apólices de seguro de vida resgatável, em que você consegue recuperar o valor investido corrigido em caso de necessidade.
Decisões financeiras devidamente delimitadas, agora é hora começar a colocá-las em prática! Mas não sem antes compartilhar nosso conteúdo nas redes sociais para que seus amigos também conheçam essas dicas valiosas.