Evitar imprevistos nos locais de atuação profissional é uma das tarefas mais importantes das empresas. Para você ter uma ideia, nos últimos anos cresceu 25% o número de colaboradores afastados por doenças e lesões ocasionadas pelo trabalho, segundo o site Administradores. Para que se possa promover a segurança de todos, é fundamental conhecer as principais causas de acidentes de trabalho.
Em caso de quedas, lesões e doenças, as consequências podem ser gravíssimas, tanto para o empregador quanto para o empregado. As organizações podem arcar com multas, indenizações ou até mesmo o encerramento das atividades.
Já os funcionários podem sofrer com invalidez temporária ou permanente, sem falar nos casos mais graves que podem levar à morte.
Com o intuito de conscientizar e informar sobre os perigos existentes, separamos neste artigo as 7 principais causas de acidentes profissionais. Confira e utilize as informações para trabalhar na prevenção de eventualidades em sua empresa!
Principais causas de acidentes de trabalho
1. Quedas em alturas
Quedas são acidentes comuns em diferentes setores produtivos, e as suas consequências variam em proporção e gravidade. As quedas podem ter muitas causas, desde inadequações do ambiente de trabalho (falta de corrimão em escadas, piso escorregadio, pouca iluminação) até imprudências cometidas pelo colaborador — como não se alimentar corretamente, correr onde não deve, usar calçados inapropriados à função, entre outras.
A partir de causas como essas, é possível listar medidas de prevenção, tais como:
• equipar as passagens e escadas com corrimão;
• manter o local de trabalho limpo e organizado;
• providenciar iluminação adequada nas áreas de serviço;
• sinalizar locais em limpeza ou manutenção;
• exigir o uso de calçados e EPIs (Equipamento de Proteção Individual) adequados à função sempre que necessário.
2. Ferramentas inadequadas
Outra ocorrência frequente, também de natureza física, é o golpe por ferramentas, que acaba ocasionando cortes, contusões e fraturas. Muitas vezes, esses acidentes são causados pelo mau estado de conservação da ferramenta ou pela falta de experiência do trabalhador no seu manuseio.
Os riscos podem ser minimizados por ações simples como: a capacitação adequada dos trabalhadores, a sinalização correta dos riscos e a manutenção periódica das ferramentas e máquinas.
3. Movimentos repetitivos
Muitos funcionários são afastados de suas atividades por problemas causados pelas doenças ocupacionais. As mais comuns são as Lesões por Esforço Repetitivo (LER), os Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho (DORT) e possíveis problemas respiratórios.
Os principais sintomas desses casos são formigamento de mãos e pés e o cansaço ou desconforto excessivo após a jornada de trabalho. As doenças ocupacionais são consequência da repetição de movimentos, carga excessiva de trabalho e má postura durante a atividade.
Para evitá-las, é preciso controlar a carga horária dos colaboradores, garantindo pausas adequadas para o descanso ao longo do dia de trabalho. Também é importante conscientizar os funcionários acerca dos cuidados com a saúde.
4. Choques elétricos
Acidente comum nos ramos de manutenção predial, construção civil e nas rotinas das fábricas, os choques elétricos também podem causar sérios danos ao colaborador e à empresa.
Nesse contexto, é de extrema importância que o estabelecimento cumpra as exigências descritas na NR 10 — Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade. A norma regulamentadora serve para garantir a segurança de colaboradores que atuam em contato (direto ou indireto) com instalações elétricas.
Além disso, a organização também pode adotar outros meios de evitar acidentes elétricos, como garantir os equipamentos e exigir o uso correto dos EPIs por parte dos empregados, checar o estado da fiação elétrica dos locais e maquinário e verificar os projetos em relação aos perigos de choque elétrico.
5. Excesso de pressão
Ansiedade, estresse e depressão são sintomas cada vez mais frequentes entre os trabalhadores, fato que revela a importância de cuidar também da saúde mental, bem-estar e qualidade de vida dos colaboradores.
O excesso de pressão, condição gradativamente mais comum nos locais de trabalho, é um dos principais responsáveis por esses quadros. Algumas soluções que podem minimizar os efeitos são: manter uma comunicação interna clara e ativa, integrando e motivando funcionários e empresa; promover o convívio entre os colaboradores; e criar ações que viabilizem um ambiente de trabalho de qualidade.
6. Cansaço e sonolência
O cansaço é responsável por inúmeros acidentes de trabalho e, por isso, deve ser acompanhado. Ainda que o funcionário utilize os equipamentos corretos e tenha experiência na atividade, a fadiga faz com que ele fique mais sujeito a erros.
Inclusive, é importante lembrar que o cansaço pode ser tanto físico quanto mental. Nos dois casos, a atenção aos detalhes diminui, abrindo espaço para deslizes.
Essa causa de imprevistos também é conhecida entre os motoristas, já que essa categoria de profissionais passa muitas horas ao volante. Em diversos casos, por conta dos prazos apertados, os trabalhadores dirigem durante a madrugada sem parar para descansar.
De acordo com a Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (ABRAMET), em uma pesquisa realizada em 2017, 20% de todos os acidentes de trânsito do Brasil estão associados à sonolência. O levantamento mostrou que aproximadamente 40% dos entrevistados relatam já ter feito “zigue-zague” na pista. Além disso, 50% admitem já ter guiado com sono.
Portanto, é fundamental conferir se os colaboradores estão respeitando os horários de descanso — em especial aqueles que atuam em períodos noturnos.
7. Não utilizar o EPI adequado
Certos ambientes exigem o uso de EPIs e, nessas situações, alguns reforços devem ser tomados constantemente junto à equipe.
O primeiro refere-se à seriedade da utilização permanente e correta do EPI. Além de ser um item primordial para garantir a saúde e a integridade física do trabalhador, o equipamento de segurança também é uma obrigação que, se descumprida, pode causar penalidades à organização.
Outro fator a ser reforçado é referente às condições dos EPIs. Eles devem ser utilizados dentro da validade e ter condições de garantir a proteção a que se propõem.
É essencial frisar ainda que o EPI específico de um colaborador ou de um setor não pode ser emprestado a outra pessoa ou outra área. Por exemplo, se um par de luvas de PVC é de uso obrigatório, não é permitido substituí-las por luvas de outro material.
Como vimos, para evitar fatalidades nas empresas, é fundamental que todos conheçam as principais causas de acidentes de trabalho. Só assim as organizações poderão trabalhar na prevenção, fornecendo a segurança necessária para seus colaboradores e criando uma cultura de responsabilidade por meio de orientações e treinamentos.
Quando o colaborador e a empresa entendem a importância de atentar aos acidentes de trabalho, a produtividade e a segurança aumentam, evitando problemas graves nas corporações.
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