Aposentadoria privada: entenda a necessidade

A aposentadoria privada deveria ser cada vez mais discutida no Brasil, especialmente depois do debate da reforma da previdência, que alterou regras-chave como o tempo de contribuição, entre outros pontos.

Ela é, antes de tudo, um mecanismo de empoderamento dos indivíduos. Por meio dela, eles conseguem planejar o seu futuro e ter a tranquilidade de que não vão ficar financeiramente desamparados em uma fase delicada da vida, a terceira idade. Ela também oferece redução de preocupações para familiares — o que, sem sombra de dúvidas, contribui muito para a qualidade de vida.

Você já parou para pensar de onde virá a sua renda quando não for mais possível trabalhar? As novas regras da previdência — que, entre outras coisas, aumentaram o tempo de trabalho para que os cidadãos brasileiros tenham o direito de se aposentar — já acenderam o seu sinal de alerta?

Se essa ainda não é uma de suas preocupações para o longo prazo, saiba que você não está sozinho. Uma pesquisa divulgada em 2016 pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) revelou que mais de 60% dos brasileiros não se preparam para a aposentadoria.

Neste artigo, vamos ajudar você a refletir com profundidade sobre isso. Continue lendo para entender por que a aposentadoria privada é uma alternativa inteligente. Você também vai ver algumas dicas para planejá-la sem preocupações. Acompanhe!

A aposentadoria privada é uma escolha inteligente

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Os números da pesquisa que acabamos de citar, de fato, impressionam. Eles explicam a íntima relação entre a despreocupação dos brasileiros com o futuro e os baixos níveis de qualidade de vida na terceira idade, que afetam principalmente quem tem nível superior e passou a maior parte de sua vida ganhando bons salários.

Um outro ponto interessante: o teto de salário do INSS não passa de R$ 6 mil, então quem recebe na ativa um salário superior a este sempre vai ficar desfalcado se não se preocupar em ter uma outra fonte de renda.

Se até essa altura de sua vida profissional você deixou em segundo plano os esforços para garantir uma aposentadoria tranquila, está na hora de começar a se preocupar. Você já pensou em ter um plano de aposentadoria privada?

Em síntese, um plano de aposentadoria privada nada mais é do que aquilo que chamamos no mercado de Previdência Privada. Trata-se de um fundo complementar à aposentadoria oficial que é contratado de uma empresa especializada e autorizada.

Na prática, ao contratar um plano de Previdência Privada, você calcula quanto quer passar a receber todo mês a partir de determinada data e começa a pagar uma mensalidade baseada nesse cálculo. Ou seja, quando chegar a hora de se aposentar, saberá exatamente qual é o montante de seus proventos mensais.

E há muitos outros benefícios de investir na aposentadoria privada, como você vai ver mais adiante.

As diferenças entre a aposentadoria privada e a pública

As diferenças entre a aposentadoria privada e a pública são muitas. A começar pela nomenclatura: a pública é chamada de “Previdência Social” e a privada de “Previdência Privada” (ou complementar).

Características da Previdência Social

A Previdência Social é um sistema no qual todos os trabalhadores do setor privado e público, bem como autônomos, são automaticamente afiliados.

Pessoas sem rendimentos garantidos, como é o caso das donas de casa, também podem contribuir com a Previdência Social e requerer a aposentadoria e outros benefícios (auxílio-doença, por exemplo).

Na prática, os trabalhadores que estão na ativa hoje sustentam as aposentadorias daqueles que já finalizaram a sua vida produtiva — e terão as suas aposentadorias sustentadas pelas novas gerações.

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O problema é que a longevidade da população está aumentando significativamente nos últimos anos e, em contrapartida, a taxa de natalidade vem diminuindo.

Em outras palavras, o número de aposentados vai pesar mais do que o de trabalhadores na ativa, o que desequilibra a balança da Previdência Social.

Os especialistas apontam para um “rombo” nos fundos desse sistema, que tende a se acentuar cada vez mais, levando-o ao colapso. Daí a razão para a reforma aprovada há pouco no Congresso Nacional.

Características da Previdência Privada

Conforme já adiantamos, a Previdência Privada tem um caráter complementar à Social. Ela é opcional, deve ser contratada pelo trabalhador (individualmente ou em grupo, por meio de fundos de pensão) e proporciona uma renda extra, preestabelecida no momento da contratação.

O grande trunfo da Previdência Privada é que ela garante que o padrão de vida da pessoa não vai diminuir no momento em que ela se aposentar. Isso porque se trata de um investimento.

As contribuições rendem conforme o prazo de acumulação, inclusive com previsibilidade — o que facilita o planejamento financeiro de longo prazo.

Os benefícios da Previdência Privada para uma aposentadoria sem preocupações

Confira, a seguir, quais são as principais razões para a contratação de um plano de Previdência Privada.

Rendimento maior do que o da poupança

Você sabia que, em 2016, a fuga de recursos da caderneta de poupança foi a segunda maior da história (só perdendo para o ano anterior)?

A avalanche de saques dos brasileiros (que começam a redirecionar as suas economias para investimentos mais rentáveis, como planos de Previdência Privada) tem explicação. Ela se dá principalmente pelo fato de que, no atual cenário de inflação alta, a rentabilidade real da poupança costuma ser próxima de zero (quando não é negativa, como ocorreu em 2015, quando a caderneta registrou rentabilidade de -2,28%).

A Previdência Privada costuma apresentar rendimento líquido muito superior à poupança (já descontadas as taxas de administração e carregamento). E, nos planos PGBL, o investidor pode abater as contribuições feitas na Declaração de IRPF até o limite de 12% da renda tributável (ganhando duplamente em relação à poupança). O mais interessante é que é possível começar a investir nesses planos com contribuições a partir de R$ 100!

Se você está na dúvida de quanto um plano desse tipo renderia a você, utilize este simulador de Previdência Privada. Você vai ver que tem a possibilidade de utilizar um fundo mais moderado ou um mais agressivo.

Por exemplo, imaginemos uma pessoa com 35 anos que comece a investir hoje em um plano de previdência complementar. Seu objetivo é receber um benefício de aproximadamente R$ 5 mil, a fim de que esse valor seja somado ao seu salário de benefício da Previdência Social (que deverá circular em torno do teto do INSS, R$ 5.839,45 atualmente).

Nesse exemplo, nosso investidor imaginário pode alcançar a sua meta aos 65 anos, contribuindo com cerca de R$ 1.600 mensais!

Destaque-se o fato de que, nesse caso, ao alcançar a idade citada, o investidor teria acumulado impressionantes R$ 816.781, que lhe garantiriam uma renda total acima de R$ 10 mil (somando-se aposentadoria privada e pública). Nada mau, não?

Baixa tributação

A mordida menos agressiva do Leão é outra das grandes vantagens de um plano de Previdência Privada. Enquanto em países como os Estados Unidos, por exemplo, as faixas de tributação no resgate dos valores acumulados podem chegar a até 39,6%, no Brasil, é possível pagar uma alíquota de 10% de IR sobre os valores acumulados há mais de 10 anos (na tributação regressiva).

Ao contratar um plano de aposentadoria privada, você terá que escolher entre a tributação progressiva ou regressiva. Entenda as diferenças entre elas:

• tributação regressiva: é a mais indicada para quem tem planos de investimento de longo prazo, uma vez que, quanto mais tempo o investidor permanecer no plano, menor será a alíquota do IR a incidir no resgate/recebimento da renda.

• tributação progressiva: mais indicada a quem não tem certeza do prazo de aplicação. A tributação será feita em 15% na fonte (independentemente do valor requerido) e, depois, a diferença entre o valor pago e o valor devido pode ser ajustado na Declaração de Ajuste Anual.

Baixo risco

De forma geral, os riscos da Previdência Privada são baixos, desde que os investimentos sejam feitos por meio de instituições com solidez no mercado.

Os fundos de previdência não fazem alavancagem (investimentos acima do que o seu patrimônio permite), o que reduz consideravelmente o risco da operação. Além disso, muitos fundos investem os recursos arrecadados em títulos públicos ou em outras aplicações de renda fixa (investimentos de baixíssimo risco de crédito).

O conhecimento desse baixo risco por parte dos brasileiros tem tornado a Previdência Privada cada vez mais forte no país. As corretoras e gestoras de investimentos estão registrando aumentos significativos de novas contratações — de acordo com um levantamento da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (Fenaprevi), 13,2 milhões de pessoas já contavam com planos privados de previdência no início de 2019; e toda essa movimentação elevou as reservas dos planos à incrível marca dos 873,1 bilhões de reais.

Facilidade de transmissão na sucessão patrimonial

Para quem está pensando em planejamento sucessório, a melhor opção de plano é o VGBL — uma vez que, nesse modelo, o patrimônio não entra no inventário (que costuma ser caro e demorado).

Assim como na aposentadoria privada, os herdeiros podem receber o valor por meio do saque no montante total do depósito ou em forma de benefício mensal.

Estímulo à diversificação de investimento

Já ouviu aquele ditado de avó que nos diz para “não colocarmos todos os ovos na mesma cesta”? Bem, no mercado financeiro, a recomendação dos especialistas é exatamente a mesma.

Ou seja, a diversificação de investimentos é a chave para o sucesso financeiro. Nesse espectro, a Previdência Privada é uma das melhores opções.

Além disso, se você não tem o costume de acompanhar os movimentos do mercado financeiro para gerenciar os seus investimentos, aplicar em ações e tesouro direto, por exemplo, pode não ser uma ação de risco de prejuízos.

No caso da Previdência Privada, no entanto, uma empresa especialista gerencia esses investimentos para você. Parece bem mais fácil e garantido, certo?

Enquanto nos Estados Unidos 60% da população economicamente ativa investe em planos de Previdência Privada, o Brasil parece despertar tardiamente para essa necessidade básica a ser inclusa no orçamento doméstico (e um excelente ativo para diversificação de aplicações).

Oportunidade de manter um bom padrão de vida na velhice

Não dá mais para jogar o seu futuro nas mãos da Previdência Social brasileira. Com a previsão de redução da população economicamente ativa nas próximas décadas e a perspectiva de aumento da população idosa em mais de 300% entre 2010 e 2050, é muito provável que essa atual geração de trabalhadores sequer chegue a saber o que é ser aposentado. A não ser que esses cidadãos comecem a pensar, desde já, em construir um futuro a partir do esforço e da disciplina no presente.

De todo modo, ainda que os benefícios previdenciários do sistema público continuem sendo pagos com as regras previstas na reforma iminente, como aceitar reduzir o seu padrão de vida a até 10% de sua renda atual?

E justamente no momento em que os custos com planos de saúde e medicamentos serão os mais altos de sua vida?

Quem tem um plano de aposentadoria privada, no entanto, não precisa se preocupar com essas questões.

Três perguntas essenciais para uma aposentadoria privada de sucesso

Para finalizar, preparamos esclarecimentos para três indagações muito comuns de quem começa a refletir sobre a aposentadoria privada. Confira a seguir!

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1. O que é preciso fazer antes do investimento em Previdência Privada?

Parece que o primeiro passo você já deu: começar a se informar sobre o tema da Previdência Privada. Em seguida, você deve definir quais são os seus objetivos com a aposentadoria privada; por exemplo, saber quanto quer receber mensalmente ao se aposentar.

Também é importante conhecer os diversos tipos de planos de Previdência Privada e ver quais deles se encaixam em seus objetivos. Depois, examine criticamente as instituições financeiras que oferecem os planos — como você faria com qualquer outro tipo de investimento ou empresa. Veja, por exemplo, a sua reputação e confiabilidade.

Por fim, antes de fechar contrato, você deve avaliar as vantagens de cada plano que está analisando para fazer a melhor escolha.

2. Qual é o momento certo para adquirir um plano de Previdência Privada?

Talvez você esteja se perguntando se já é hora de contratar um plano de Previdência Privada ou se já não passou da hora.

O que os especialistas apontam é que um plano deve ter duração mínima de oito anos, idealmente dez anos (em especial pela questão tributária, uma vez que, nessa periodicidade, o Imposto de Renda é de apenas 10%).

E, quanto antes você começar a pagar o seu plano de Previdência Privada, melhor, pois assim é possível contribuir com um valor menor durante mais tempo.

3. Como acompanhar os rendimentos da Previdência Privada?

Para acompanhar o rendimento da Previdência Privada, é preciso ficar atento à tabela de tributação escolhida (regressiva ou progressiva, conforme já pontuamos). É necessário ainda saber a forma de cobrança do Imposto de Renda do plano contratado.

Também é interessante escolher um plano de Previdência Privada que informe rendimentos periodicamente. Algumas instituições enviam relatórios de tempos em tempos, outras disponibilizam um dashboard online onde os seus clientes podem acompanhar a progressão dos valores. Verifique todas as possibilidades de acompanhamento no momento da contratação do seu plano.

Como você viu, a aposentadoria privada é uma escolha inteligente; ela dá às pessoas a possibilidade de planejar o seu futuro depois que finalizarem as suas carreiras profissionais. E, sobretudo, dá a garantia de que elas não vão ficar financeiramente desamparadas no momento em que devem descansar depois de longos anos de trabalho.

O que você achou das reflexões que trouxemos neste artigo? Quer garantir estabilidade financeira a você e/ou aos seus beneficiários e assegurar qualidade de vida na velhice? Então, planeje o seu amanhã com o auxílio de uma instituição com quase dois séculos de experiência na arte de cuidar do futuro de seus 2 milhões de clientes.

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Por Mongeral Aegon

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