Poupar ou investir: você sabe qual é a melhor opção? Essa é uma questão bastante comum quando se trata de finanças. Afinal, muita gente fica em dúvida se vale mais a pena deixar o dinheiro na poupança ou investi-lo em algum outro tipo de aplicação.
Sabemos como a caderneta é amplamente conhecida pelos brasileiros, além de ter uma fácil utilização. No entanto, você já se perguntou se ela realmente é a alternativa ideal para obter uma boa rentabilidade? Ou haverá outras opções seguras com rendimento melhor para o seu dinheiro?
Não se preocupe, pois agora você vai tirar essa dúvida de uma vez por todas. Neste post explicaremos a diferença entre investir e poupar, bem como as distinções entre a poupança e os investimentos. Ao final do artigo, você saberá o que é mais vantajoso para o seu patrimônio. Portanto, continue a leitura!
Existe diferença entre investir e poupar?
Sim, e muita! Por definição, investir significa fazer um investimento financeiro ou aplicar capital. Já poupar é economizar ou gastar com parcimônia, moderação. Portanto, ao investir, você aplica um capital e faz com que o dinheiro gere mais dinheiro. É uma forma ativa de gerenciar o recurso.
Já ao poupar você, simplesmente, deixa de gastar e mantém o capital em uma posição passiva — por exemplo, parado na caderneta de poupança. O ato de poupar tira de circulação o dinheiro.
Quais são as características da poupança?
Rentabilidade baixa
Via de regra, a poupança pode render das seguintes maneiras ao seguir os valores da Selic (taxa básica de juros da economia do país):
• se a Selic estiver em um patamar acima de 8,5% ao ano, a poupança terá um rendimento de 0,5% ao mês + TR (taxa referencial);
• caso a taxa esteja menor ou igual ao valor de 8,5% ao ano, o rendimento da poupança será de 70% da Selic + TR.
Em março de 2018, a Selic chegou ao menor patamar da história: 6,5%. Com isso, o rendimento da poupança segue a segunda regra apresentada, ou seja, 70% da taxa de juros oficial do Brasil mais a Taxa Referencial (TR), que está em 0% desde setembro de 2017.
Ao seguir esses dados atuais e fazer uma conta rápida, pode-se apontar o rendimento da poupança em torno de 4,55% ao ano. Isso é muito pouco se comparado às opções de investimentos atualmente.
De acordo com as expectativas do mercado, a inflação deve se manter na casa dos 4,40% em 2018 e, caso o valor da Selic permaneça intacto, a remuneração dos poupadores deverá ser baixa. Isso porque, com a TR congelada em zero, o ganho real até o fim do ano de quem deixa o dinheiro na poupança não deve ultrapassar 0,45%.
Possíveis intervenções
A poupança tem o governo como o grande inimigo. Se o rendimento fica muito atrativo, os investidores fogem da renda fixa — ação que dificulta o refinanciamento da dívida do Tesouro Nacional.
Estima-se que, para o início de 2019, o Governo Federal tenha um deficit previsto de R$ 139 bilhões. Para cobrir esse “pequeno” saldo, o Governo precisa tornar a renda fixa mais atraente e, consequentemente, vender mais títulos do Tesouro. Com isso, a União pode mexer nas regras da poupança, assim como fez em 2012.
Segurança
O baixo risco é uma das qualidades da poupança. Porém, mesmo ao levar o argumento da segurança em consideração, como você viu acima, o rendimento da poupança é muito baixo e perde para a maioria das opções da renda fixa.
Muitas opções, como CDBs, LCIs e LCAs, por exemplo, apresentam remunerações mais atrativas e, além disso, também são investimentos garantidos pelo Fundo Garantidor de Créditos (FGC) em aplicações de até R$ 250 mil por CPF.
Possibilidade de perder para a inflação
Como se não bastassem todos os argumentos, a poupança pode não estar tão protegida assim. Às vezes, ela perde até para a inflação. Como o rendimento é baixo, o poder de compra real de quem opta pela poupança é muito pequeno (ou nulo) quando comparado com outros investimentos tão seguros quanto.
Em outubro de 2018, a inflação acumulada dos últimos 12 meses fechou em 4,56%, ou seja, o ganho real na poupança foi negativo. Isso quer dizer que, na prática, ao deixar seu dinheiro na caderneta, você perde poder de compra.
Como os investimentos se diferem da poupança?
Poupar é fundamental para criar o hábito de acumular recursos. No entanto, apenas os investimentos são capazes de multiplicar o seu patrimônio. Essa é a principal diferença entre investir e poupar.
Os investimentos permitem que você obtenha rentabilidades acima da inflação ao contrário da poupança. Com isso, dá para obter uma valorização real do capital e ter mais poder de compra do que antes.
Nos investimentos prefixados, por exemplo, você sabe exatamente quanto receberá de volta ao fim do período estipulado. Isso porque as taxas de juros já são conhecidas pelo investidor no momento da compra. Veja a seguir comparações reais de rentabilidade entre a poupança e investimentos prefixados.
Poupança × CDB
Por exemplo: quem investiu R$ 10 mil em outubro de 2018 em um CDB do banco Fibra S/A por um período de 4 anos, lucrará R$ 963,31 a mais em relação à opção da poupança pelo mesmo intervalo de tempo. O total resgatado no CDB prefixado seria de R$ 12.911,34, enquanto o da poupança, R$ 11.948,03.
Poupança × Tesouro Prefixado
Vamos considerar, novamente, um investimento de R$ 10 mil em outubro de 2018. O rendimento deverá ser de apenas R$ 1.428,05 na poupança nos próximos três anos. Porém, ao descontar a inflação, o real rendimento da caderneta cai para R$ 1.369,64.
Já quem opta pelo Tesouro Prefixado, com vencimento para 2021 e com rendimento de 9,57% ao ano, por exemplo, obterá renda de R$ 1.898,42, um lucro de R$ 528,78 a mais para o bolso do investidor se comparado à poupança já com o desconto da inflação.
Muitas pessoas preferem poupar a investir, pois acham mais seguro. Todavia, como é possível perceber, investimentos (principalmente os prefixados) são tão ou mais seguro, além de mais rentáveis.
Depois de ler até aqui, você já sabe como investir é sempre mais vantajoso. Com isso, o dilema entre poupar ou investir está solucionado. Agora, basta escolher uma das aplicações citadas no artigo para começar a colocar seu dinheiro em ativos mais rentáveis — e o melhor, sem correr nenhum risco desnecessário.
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