7 conceitos para começar a investir em ações

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O mercado de ações costuma atrair muitas pessoas interessadas em obter maiores rendimentos para suas aplicações, tendo em vista projetos futuros, como acúmulo de patrimônio, obtenção de bons retornos para aposentadoria, recebimento de dividendos etc. Contudo, para quem deseja começar a investir em ações, é importante dominar corretamente os conceitos que permeiam a área.

Pensando nisso, fizemos a seguir um pequeno guia que poderá orientá-lo melhor sobre 7 dos principais termos relacionados à bolsa de valores. Confira:

1. Ações

Para começar, temos o próprio conceito de “ações”. Elas correspondem a títulos de propriedade (participações) que você adquire de organizações que possuem capital aberto, aquelas que as negociam nas chamadas bolsa de valores.

É um tipo de aplicação classificado como renda variável. Isso porque os preços de negociação desses papéis oscilam muito, não sendo possível saber corretamente qual será o ganho ou perda obtidos ao fim do tempo de investimento. São negociadas em um mercado organizado de vendedores e compradores, que vão ajustando o valor dos papéis durante o período de transações.

Para adquiri-las, é vital observar a atuação das empresas que as emitem, o cenário econômico e outras nuances que podem interferir nos preços, valorizando-as ou fazendo com que percam valor. Costuma-se orientar o investimento em ações voltado para o longo prazo, visando obter melhores resultados.

2. Ações ordinárias e ações preferenciais

Existem dois tipos de ações em circulação no mercado brasileiro: as preferenciais (PN) e as ordinárias (ON).

As ações preferenciais conferem ao seu portador prioridade no reembolso do capital investido em caso de falência da empresa em que se investe. Também garante preferência na distribuição de dividendos das organizações das quais detém esses papéis. Aparecem com o número 4 após a nomenclatura da ação, como em PETR4. Existem preferenciais com código 5 (Classe A) e 6 (Classe B) após a sigla.

Já as ações ordinárias dão poder de voto nas assembleias corporativas e, desse modo, nas decisões táticas e estratégicas dos negócios. Também possibilitam receber os lucros obtidos por eles em determinado período. São representadas na bolsa pelo número 3 após o código da empresa. Como exemplo, temos VALE3.

3. Dividendos

As ações correspondem à menor fração do capital social de uma organização (sociedade anônima), sendo negociadas na bolsa de valores. Elas dão aos investidores o direito de obterem partes dos lucros corporativos das empresas conforme a porcentagem de papéis que delas possuem. Esses são os chamados dividendos.

Quanto maior o lucro da empresa, maior costuma ser o dividendo recebido. E, consequentemente, também maior é o retorno conseguido sobre o valor investido.

São distribuídos por ocasião do encerramento do exercício social, conforme o § 2º do art. 202 da lei das sociedades anônimas do Brasil. Eles podem ter periodicidade semestral, trimestral, mensal, anual etc.

Em muitos casos, é possível se optar pelo reinvestimento automático do valor obtido como dividendo para se adquirir mais ações.

4. Liquidez

A liquidez corresponde à rapidez e facilidade em que um ativo pode ser transformado em caixa (dinheiro). Um exemplo de ativo com alta liquidez é o ouro, já que ele é mundialmente aceito e pode ser vendido rapidamente. Um imóvel geralmente possui liquidez menor, pois, dependendo do tipo e da localização, encontrar um comprador e converter o bem em dinheiro podem demorar.

O conceito de liquidez possui duas nuances: a rapidez e facilidade de conversão em espécie e a perda de valor que ele pode sofrer. Isso porque quanto menor o valor de algo em relação ao que realmente ele vale, maiores as chances de ele ser vendido rapidamente. Dentro dessa ótica, temos que um ativo de alta liquidez corresponde a algo que pode ser comercializado rapidamente sem perda significativa do que vale. Já ativos com baixa liquidez ou ilíquidos são aqueles que não se consegue vender de modo fácil e rápido, havendo grande perda de seus preços para que possam ser convertidos em caixa.

A liquidez de um ativo pode ser compreendida como a quantidade de interesse que os demais investidores e o mercado possuem em relação a esse ativo. Por exemplo, uma ação pode ter alta liquidez se for fácil negociar sua compra e venda na bolsa.

Existem muitos pontos que interferem na sua avaliação, como perspectivas de lucro e aumento de receitas da emissora das ações, conjunturas econômicas a nível nacional e internacional, entre outros.

5. Corretora de Valores

Uma corretora de valores é uma entidade jurídica auxiliar do SFN (Sistema Financeiro Nacional), atuando como intermediadora na compra e venda de ativos e títulos financeiros entre investidores e outros de seus clientes.

Para ser constituída, faz-se necessário obter autorização junto ao Banco Central do Brasil (BACEN) e a prática de suas atividades depende da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), que regula o mercado de ações. Sua atuação mais notória é na Bolsa de Valores, fazendo a ponte entre os próprios investidores e também com as empresas que emitem as ações

Para se operar na Bolsa, é preciso ter cadastro e conta em uma corretora de valores, as quais costumam cobrar uma taxa administrativa pela custódia mensal dos títulos adquiridos. Vale ressaltar que essa cobrança não tem obrigatoriedade, pois a taxa é gerada por causa da custódia de modo independente à da movimentação dos papéis e ativos.

Também é preciso pagar à corretora um preço estipulado por operação (compra de ações, venda de títulos, etc.). Esse valor pode ser uma fração percentual da quantia da transação, uma quantia fixa mensalmente, conhecida como corretagem, ou um valor definido por operação.

6. Bolsa de Valores

A Bolsa de Valores é o local onde ocorrem as transações de compra e venda de títulos e ativos, sendo mais conhecida como um mercado organizado de negociação de ações de sociedades de capital aberto. Essas podem ser públicas, privadas ou mistas. Nela também se negociam outros valores mobiliários.

Normalmente, ela é estruturada e organizada na forma de uma sociedade civil sem fins lucrativos, que atua mantendo um ambiente adequado onde são feitas as negociações e demais transações financeiras. Atualmente, tal serviço é feito mais por intermédio de um sistema eletrônico.

Seu patrimônio é constituído por títulos que pertencem às sociedades corretoras que a compõem. Contudo, ela se for organizada como sociedade anônima (S/A)., este patrimônio poderá sr composto por ações. Vale destacar que há Bolsas que visam o lucro.

De uma Bolsa de Valores são exigidos altos padrões éticos de negociação e transparência, além de rapidez, detalhismo e amplitude na divulgação das transações e demais operações feitas.

7. Home Broker

Home Broker é o sistema eletrônico responsável pela comunicação entre os envolvidos nas negociações na Bolsa, como o cliente, a própria Bolsa de Valores e as corretoras.

É por meio dele que o investidor manda suas ordens de compras ou vendas através da internet para que a corretora as execute na bolsa.

Com essas informações, você não ficará tão perdido na hora em que for aprender mais sobre o funcionamento do mercado de ações.

Todavia, é indicado continuar seu aprofundamento em relação a esse assunto de modo contínuo, potencializando o seu conhecimento. Aliado a isso, é indicado se inteirar de assuntos sobre controle financeiro e planejamento de investimentos para começar mais preparado para atuar na Bolsa.

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Por Mongeral Aegon

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