Educação financeira: o que é preciso para ensinar os filhos?

A mesada educativa faz parte da educação financeira das crianças

Em uma sociedade em que o consumo se tornou irresponsável e as dívidas são apenas uma das consequências negativas dele, a educação financeira não poderia ser mais importante para formar pessoas que, no futuro, saberão gerenciar melhor seu dinheiro.

Porém, diante de tantos valores invertidos e estímulos contrários, pode ser difícil filtrar os conteúdos a que seus filhos estão expostos e conscientizá-los sobre a real importância da economia e da relação responsável com o dinheiro.

Pensando nisso, no post de hoje compartilhamos 7 dicas para ajudar os pais a prepararem seus filhos para lidar com as finanças de maneira equilibrada e positiva. Acompanhe!

1. Estabeleça critérios para a mesada

A mesada é um tema bastante polêmico na educação financeira. Muitos pais optam por dar a mesada para os filhos sem antes estabelecer os critérios necessários para que esse recurso seja efetivo no que diz respeito ao aprendizado de como administrar o dinheiro.

É preciso definir não somente o valor da mesada e a sua periodicidade (se será de fato mensal, ou semanal, isto é, uma semanada), mas também explicar a seus filhos quais atitudes devem ter desde cedo em relação ao que ganham.

Para isso, é possível introduzir ensinamentos sobre como administrar o dinheiro, incluindo as orientações sobre a prática de poupar para realizar um objetivo de consumo. Que tal dar um cofrinho para seu filho e incentivá-lo a economizar para comprar um brinquedo desejado?

2. Estimule a prática de poupar

À medida que seu filho conseguir economizar para comprar um brinquedo ou fazer um lanche na escola, é fundamental que você reconheça essa conquista e o incentive. Isso vale para todas as faixas etárias!

O reforço positivo é muito importante no processo da educação financeira infantil, assim como o bom exemplo dado pelos pais. Afinal de contas, as palavras perdem todo o peso se as atitudes não as confirmam.

Saiba que seus filhos estão sempre atentos ao seu comportamento e o tomam como base para as suas próprias atitudes! Por isso, se deseja ensinar que ser econômico é sinônimo de uma vida tranquila, equilibrada e sem privações, você não pode chegar em casa todos os fins de semana com um par de sapatos novos, trocar de celular a cada 6 meses ou ignorar medidas básicas de economia com água e luz.

3. Ensine sobre o consumo consciente

Necessidade e desejo são coisas bastante diferentes na experiência de comprar. Por isso, na educação financeira dos filhos, é muito importante que os pais os levem a refletir sobre o que está por trás da compra de um brinquedo ou uma roupa nova, ajudando-os a perceber quando algo é realmente necessário e quando é uma vontade que vai levar a um acúmulo desnecessário.

Um caminho para isso pode ser o aprendizado sobre o valor do trabalho e sobre o quanto a conquista do dinheiro exige comprometimento e responsabilidade. Que tal usar as tarefas de casa para isso?

4. Remunere pequenos trabalhos domésticos

Uma forma de fazer os filhos entenderem que o dinheiro vem do esforço e do cumprimento das obrigações do trabalho é distribuir algumas tarefas da casa entre eles e estabelecer recompensas financeiras para elas.

Arrumar a cama, retirar o lixo, levar o cachorro para passear, lavar a louça depois do almoço de domingo. Todas estas são tarefas simples, mas que podem ajudar muito na educação financeira infantil, na medida em que seus filhos irão associar o seu esforço à conquista da remuneração. Mais do que isso: eles terão a dimensão do dinheiro como resultado de seu próprio mérito.

Uma vez que seu filho compreenda a relação entre o trabalho e o dinheiro, ficará mais fácil incentivar a criatividade e o empreendedorismo, tão importantes para que, na vida adulta, ele saiba encontrar oportunidades para fazer suas finanças prosperarem.

5. Incentive o empreendedorismo

Na atualidade, o empreendedorismo infantil é um tema cada vez mais discutido no universo da educação financeira.

Quanto mais cedo a criança for estimulada a usar a sua criatividade para solucionar pequenos problemas, mais fácil é a assimilação do comportamento empreendedor e o desenvolvimento de habilidades como iniciativa, visão de futuro e persistência.

Os pais podem incentivar os filhos a buscarem alternativas lucrativas com a coleta de materiais recicláveis ou com atividades artesanais, por exemplo.

Embora possam parecer pouco eficazes, essas estratégias são bastante eficazes para encorajar os pequenos aprendizes e manter a motivação em alta.

6. Aposte nos jogos e brincadeiras educativos

Quando os filhos parecerem desmotivados, brincar pode ser a resposta!

De fato, é por meio da imitação e das brincadeiras que os pequenos aprendem as habilidades e comportamentos necessários para uma vida adulta saudável, inclusive no que diz respeito às finanças.

Saiba que existem livros e jogos sobre empreendedorismo e finanças especialmente desenvolvidos para estimular o aprendizado das crianças e adolescentes.

Para finalizar, uma última orientação muito importante, mas que nem sempre é lembrada pelos pais, sobretudo quando as dificuldades parecem maiores que as conquistas na educação financeira dos filhos.

7. Lembre-se que a educação financeira é um processo contínuo

É preciso não perder de vista que, como qualquer aprendizado, a educação financeira é um processo contínuo, que deve acontecer junto à apresentação de valores corretos, sempre ilustrados no cotidiano.

À medida que a capacidade de compreensão dos seus filhos se amplia, eles são capazes de aplicar as lições aprendidas e observar os resultados dos seus atos, o que resulta em comportamentos diferentes.

Para isso, é fundamental adequar os ensinamentos oferecidos e as atitudes ensinadas à idade de cada filho, bem como às características de sua personalidade, tornando o conhecimento mais acessível e, até mesmo, divertido.

Vale usar exemplos com personagens de desenho animado e ler histórias infantis para envolver as crianças menores, ou assistir a filmes e séries de TV que ajudem a mostrar a importância do cuidado com as finanças com os filhos mais velhos.

O importante é estabelecer um diálogo tranquilo com os filhos para que, à medida que cresçam, eles tenham a segurança necessária para cuidar do próprio dinheiro e conquistar seus objetivos pessoais e profissionais.

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Por Mongeral Aegon

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