Você já ouviu falar na história de Elijah Oyefeso, um corajoso rapaz de 21 anos cuja história se tornou famosa no mundo todo em 2016? Não? Vamos te ajudar a lembrar. Esse jovem britânico simplesmente pegou o dinheiro recebido do governo (a título de financiamento estudantil) e, tempestuosamente, aplicou-o no mercado acionário; estudou os melhores investimentos para jovens, foi reinvestindo os lucros obtidos e… Simplesmente se tornou milionário bem antes dos 25 anos!
Apesar de parecer cinematográfico (e não muito exemplar, pelo desvio de finalidade dos recursos recebidos), o relato do garoto do Reino Unido é real e mostra que o sucesso financeiro está democraticamente ao alcance de todos os que levem planejamento financeiro e comprometimento com o futuro a sério (mas não é necessário pegar dinheiro de financiamento estudantil!).
Se você é jovem e vem pensando ultimamente em fazer algo pelo seu futuro, leia este texto. Chegou a hora de deixar de ver seu salário sendo pulverizado ao longo do tempo por gastos descontrolados e fazer do seu presente uma plataforma para o crescimento e a independência financeira. Este post vai te mostrar o caminho.
De repente 30!
Você se graduou, conseguiu ser efetivado na empresa, mas alguns anos se passaram e você sente que ainda falta muito para criar um patrimônio que te dê tranquilidade e a certeza de que você é, enfim, independente financeiramente.
Você vê sucessivas reformas previdenciárias plantarem dúvidas sobre como será sua vida quando não for mais possível trabalhar. De fato, não dá para depender do Estado. No fundo, você sabe que essa fase é chave para sua história, uma vez que nessa etapa da vida, ainda não existem muitos gastos fixos – como contas de casa ou despesas de um filho.
Seguindo esse raciocínio, quanto antes começar, mais fácil será manter sua reserva para os projetos futuros. Quem sabe não dá para se aposentar antes do previsto sem depender da Previdência Social? Vamos ver algumas preciosas dicas de especialistas sobre os melhores investimentos para jovens?
“Educar é semear com sabedoria e colher com paciência”
A frase de Augusto Cury nos cai muito bem nesse contexto. Educação financeira é saber fazer de seu dinheiro a semente para seu crescimento, e não seu inimigo incontrolável. Para 62% dos brasileiros, entretanto, salário é sinônimo de recurso de curtíssimo prazo, condenado a ser completamente devastado em bem menos do que 30 dias.
É preciso mudar esse hábito, internalizando que ao menos 30% de seus proventos devem ser intocáveis, destinados ao compromisso com seu “sucesso financeiro futuro”. Isso se faz com disciplina extrema, estratégia e muita, muita paciência. E como tudo na vida, está sujeita à força do hábito. Seu primeiro passo, portanto, é vencer a violenta batalha pelo hábito da poupança.
Mas uma vez juntado o dinheiro, por onde começar?
O problema é que na hora de aplicar seu salário, aparecem dúvidas de todos os tipos: em que investir, quanto investir, como investir. Ok. Vamos por partes.
Partindo do pressuposto que você ainda não passou muito dos 30 (e que, portanto, tem muito chão pela frente), é possível montar uma carteira de investimentos com baixa exposição ao risco e foco no longo prazo. Sem nos esquecermos, é claro, da diversificação (para diluir os riscos e garantir maiores chances de boa rentabilidade média).
Apresentamos, abaixo, alguns dos melhores investimentos para jovens, com vistas a conduzi-los por mares seguros rumo ao 1º milhão!
Renda fixa
Tesouro Direto
O que é
Comecemos com a menina dos olhos do brasileiro, na atualidade. Tesouro Direto é um programa de venda de títulos públicos, papéis que o Governo Federal lança no mercado (por meio do Tesouro Nacional) para financiar suas atividades (como pagamento de despesas, investimentos em infraestrutura, etc.).
São títulos de excelente liquidez (o próprio Tesouro Nacional recompra os títulos diariamente), boa rentabilidade, bastante diversificados, de ínfimo risco e de simples operação (com R$ 30,00, você já pode investir).
Riscos
Quem compra um título do Tesouro se torna uma espécie de “credor do governo”. Você deve ter torcido o nariz, achando que é má ideia ter o governo como credor. Se você pensou isso, parabéns, você está… Completamente equivocado. O Tesouro Direto é considerado um dos investimentos de menor risco do mercado. E já te explicamos por que.
O risco de crédito (calote) do Tesouro é pequeno, sobretudo porque (diferentemente da dívida externa, que é negociada em moeda estrangeira), ainda que houvesse um colapso na economia nacional, o governo poderia simplesmente quitar sua dívida interna solicitando ao Banco Central a emissão de mais papel-moeda.
Além disso, o risco de o governo não honrar o pagamento dos títulos públicos é bastante pequeno, especialmente porque ao não fazê-lo, o governo só agravaria sua situação fiscal (com fuga de investidores externos e dificuldades de conseguir crédito).
Tipos de títulos do Tesouro Direto
O Tesouro Direto está entre os melhores investimentos para jovens, principalmente pelo baixo risco e pela alta diversificação dos próprios papéis.
Existem 3 tipos de títulos do Tesouro:
Indexados à Selic (LFT)
Ideal para momentos em que há a perspectiva de elevação da taxa básica de juros (Selic). Trata-se de um título pós-fixado, dado que você não sabe antecipadamente qual será o rendimento.
No entanto, esses papéis possuem baixa volatilidade, o que os tornam mais indicados a quem tem perfil conversador.
Para se ter uma ideia do que você pode estar perdendo deixando seu dinheiro no tédio da caderneta de poupança, enquanto esta última apresentou, em 2016, rentabilidade bruta de apenas 7,57%, o Tesouro Selic 2017 (LFT) apresentou desempenho de 14,01%.
Indexados à Inflação
Também pós-fixados, mas recomendados para momentos em que há a perspectiva de elevação da inflação. A rentabilidade desses títulos é contabilizada por uma taxa prefixada, acrescida da variação da inflação, mensurada pelo IPCA.
O Tesouro IPCA+ 2035 (NTN-B Principal) rendeu, em 2016, 47,81% no ano (isso mesmo!).
Prefixados
Diferentemente dos exemplos anteriores, a rentabilidade aqui é definida previamente, no momento da compra dos títulos. Indicados para quando há a expectativa de queda dos juros e da inflação.
Como investir
É possível comprar diretamente pelo site do próprio do Tesouro Direto tendo um banco ou corretora como agente de custódia.
CDB (Certificado de Depósito Bancário)
O que é
Também está entre os melhores investimentos para jovens. Da mesma forma que o Tesouro Direto é uma forma de “empréstimo” para o Governo Federal, o CDB tem como objetivo captar recursos para que os bancos financiem suas atividades em troca de juros. O CDB tem liquidez diária, mas, assim como o Tesouro Direto, está sujeito a imposto de renda na fonte.
Riscos
Considerado investimento de baixo risco. Possui a proteção do Fundo Garantidor de Crédito (FGC), que assegura ressarcimento de até R$ 250 mil por CPF em caso de falência da instituição financeira.
Tipos de CDBs
Assim como os títulos do Tesouro Direto, existem CDBs pré e pós-fixados. Estes últimos são atrelados a um índice chamado CDI (que costuma estar sempre muito próximo ou ser idêntico à Selic).
Como investir
Os CDBs podem ser comprados nos próprios bancos sem a necessidade de ter uma conta na instituição. Mas, para comparar a rentabilidade, você deve pesquisar entre bancos menores e maiores.
Geralmente, os bancos menores oferecem maior rentabilidade e maior risco. Outra opção é comprar na internet, no site do CDB Direto, a partir de R$ 200,00.
Letras de crédito
O que são
Existem dois tipos de letras de crédito, imobiliário (LCI) e do agronegócio (LCA). Ambos são títulos criados pelos bancos para financiar empréstimos dos setores imobiliário e agrícola, respectivamente. São de baixo risco.
A letra de crédito imobiliário tem como garantia o próprio imóvel; já o crédito de agronegócio, a safra. Os dois são isentos de IR para pessoas físicas e também possuem a proteção do Fundo Garantidor de Crédito.
Como investir
É preciso procurar um banco ou uma corretora para investir em LCIs ou LCAs. Alguns bancos oferecem essas opções em seus sistemas de internet banking. Pesquise as possibilidades de rendimentos.
Previdência Privada
Com tantas mudanças na legislação previdenciária, quem garante que quando chegar sua vez, você será suprido pelo Estado? Não são poucos os idosos que chegaram à terceira idade totalmente dependentes do INSS, exatamente por que não se importaram, na juventude, em construir seu próprio futuro. Investir em previdência privada é fundamental, e deve ser uma estratégia a caminhar em paralelo com outras aplicações financeiras.
Aposentadoria privada é, sem dúvida, um dos melhores investimentos para jovens. Primeiro que, diferentemente da previdência pública, nos planos privados é possível escolher quanto você deseja contribuir e qual a frequência. Além disso, o valor investido nesses planos pode ser resgatado caso haja desistência da aplicação.
O que é
Trata-se de um tipo de investimento oferecido por instituições financeiras para acumulação de uma reserva de longo prazo que pode servir para a conquista de um sonho ou para a aposentadoria. Você contribui com um pouco dos seus rendimentos todos os meses e, no final do tempo estipulado, a renda pode ser recebida de forma mensal ou de uma única vez.
Riscos
Os riscos de um plano de previdência privada estão diretamente ligados à solidez da seguradora. Confie seus recursos em empresas de tradição e com extenso know-how administração de ativos.
Tipos de planos de previdência privada
- Plano Gerador de Benefício Livre (PGBL): indicado para quem tem renda mais elevada, uma vez que o valor pago ao plano pode ser abatido no Imposto de Renda (desde que esse montante não ultrapasse 12% de sua renda bruta anual). No entanto, no ato do saque, o imposto será referente ao total presente no fundo.
- Vida Gerador de Benefício Livre (VGBL): não pode ser abatido no Imposto de Renda. Entretanto, no ato do saque, a tributação vai incidir apenas sobre os rendimentos e não sobre o total do fundo, como no caso anterior.
Como investir
Procure uma seguradora de tradição no mercado. Você pode simular um plano gratuitamente aqui. Existem algumas decisões a tomar na hora de escolher o plano, bem como o regime de tributação (de acordo com tempo em que seus recursos serão investidos).
Quer aprofundar seus conhecimentos no tema? Leia mais sobre previdência privada.
Esses são os investimentos de renda fixa mais conhecidos, porém, existem outros. Conheça mais opções de investimentos inteligentes para aplicar seu dinheiro.
Renda variável
Ações
Investir em ações por conta própria requer um nível maior de know-how no mercado de capitais, o que faz desses ativos um dos melhores investimentos para jovens experientes. Contudo, é possível aderir a um clube de investimentos.
Nesses clubes, geralmente as corretoras reúnem grupos de pessoas interessadas em investir em ações. São grupos limitados e que possibilitam diversificar entre mais aplicações do que um investidor sozinho seria capaz.
Como investir: por meio de corretoras, como a XP Investimentos, você consegue encontrar esse tipo de serviço e pode fazer a gestão da sua carteira ou deixar um consultor especializado administrar seu dinheiro.
Melhores práticas para investir quando jovem
Agora veja algumas dicas e boas práticas para direcionar seus investimentos de forma bem-sucedida:
Não coloque todos os ovos em uma única cesta
Distribua o dinheiro entre vários investimentos. Diversifique suas aplicações e leve em consideração quão fácil seria resgatar esse dinheiro caso precisasse (é isso que chamam de liquidez).
Entenda as pegadinhas
Às vezes não percebemos, mas questões como taxas de administração, volume de imposto a pagar, o timing do pagamento do tributo (no resgate ou na entrada) e o nível de rentabilidade real dos investimentos podem fazer a diferença entre sucesso e estagnação. Fique atento!
Acompanhe seus rendimentos
Rentabilidade real significa ter ganhos acima da inflação para que o seu dinheiro não perca poder de compra. Por exemplo, com R$ 100,00 hoje você sai do mercado com menos sacolas do que sairia há 5 anos. É só olhar os preços de um refrigerante ou de um produto que gostava para achar essa resposta.
A inflação faz com que os preços dos produtos aumentem e seu salário perca o poder de compra, caso não haja um reajuste na mesma proporção.
Conheça seu perfil de risco
Quanto você está disposto a esperar para resgatar o investimento? Como lida com eventuais perdas? Essas duas questões vão definir seu perfil de investidor. Você é uma pessoa que pode esperar mais de 5 anos para retirar sua reserva? Pode mesmo? Se a resposta for sim, seu dinheiro pode ser aplicado na compra de ações, que oscilam mais e demoram mais a dar lucro.
Fique ligado no cenário econômico
Esteja sempre atento ao que está acontecendo no cenário político-econômico. Mudanças geram quedas e altas na bolsa, alteram taxas de juros e afetam a rentabilidade de alguns investimentos.
Agora que você conheceu alguns dos melhores investimentos para jovens, que tal aprofundar seus conhecimentos no assunto? Baixe agora o e-Book Manual do investidor iniciante: 3 opções de investimento que valem a pena!